Neste domingo (6), a Avenida Paulista, em São Paulo, foi cenário de uma manifestação promovida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, reunindo apoiadores que defenderam a anistia para os condenados pelos atos de 8 de Janeiro de 2023. Desde o início da manhã, centenas de pessoas se concentraram na região central da capital paulista, carregando faixas, cartazes e utilizando objetos simbólicos para expressar sua insatisfação com as punições aplicadas aos envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília.
Um dos destaques da mobilização foi o uso do batom como instrumento de protesto. Muitos manifestantes levaram o item em mãos, levantando-o durante o ato como uma forma de solidariedade à cabeleireira Débora Rodrigues. Ela foi condenada a 14 anos de prisão após escrever com batom a frase “Perdeu, mané” na estátua “A Justiça”, que fica em frente ao Supremo Tribunal Federal, durante os episódios de invasão e vandalismo ocorridos em janeiro de 2023. Atualmente, Débora cumpre pena em regime domiciliar.
A presença do batom ganhou destaque entre os participantes e também em cartazes espalhados ao longo do trajeto do ato. Em um deles, a mensagem “Cuidado!!! Usar essa arma te condena a 14 anos” aparecia ao lado da imagem de um batom, ironizando a condenação de Débora e transformando o objeto em símbolo de resistência política. A crítica à Justiça foi um dos temas centrais do protesto, que teve forte tom contrário às decisões do Supremo Tribunal Federal.
Além da população civil, o evento contou com a presença de diversas figuras públicas ligadas ao bolsonarismo, que subiram ao trio elétrico para discursar e reforçar o apelo por anistia aos presos do 8 de Janeiro. Os organizadores do ato destacaram que o objetivo era chamar atenção para o que consideram exagero nas punições e denunciar o que classificam como perseguição política a opositores do governo atual.
O protesto teve clima de mobilização pacífica e contou com a presença de famílias, religiosos e militantes políticos. Camisetas verde-amarelas, bandeiras do Brasil e músicas patrióticas marcaram o ambiente. A Polícia Militar de São Paulo esteve presente para garantir a segurança e organizou bloqueios nas vias ao redor para facilitar a concentração do público.
A manifestação também serviu como um termômetro da força do movimento bolsonarista fora do período eleitoral. A exibição dos batons não só chamou atenção pelo apelo simbólico, mas também reforçou a narrativa de que os manifestantes se sentem injustiçados pelas decisões judiciais. O ato buscou transformar um episódio específico em um símbolo de um movimento mais amplo que critica o tratamento dado aos réus dos eventos de janeiro.
A mobilização deste domingo reforçou o posicionamento político de Bolsonaro e de seus apoiadores, que seguem ativos nas ruas, em defesa de seus ideais e contra aquilo que consideram excessos do Poder Judiciário.
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