VÍDEO: MILEI REVELA INFLUÊNCIA DA ARGENTINA PARA EVITAR TAXA MAIS ALTA AO BRASIL PELO GOVERNO TRUMP E COBRA AGRADECIMENTO A LULA
O presidente da Argentina, Javier Milei, fez novas declarações controversas ao comentar a recente decisão dos Estados Unidos de aplicar uma tarifa de 10% sobre as importações de aço e alumínio provenientes de países do Mercosul, como o Brasil. De acordo com ele, os membros do bloco deveriam agradecer à Argentina, que teria contribuído para que a taxa fosse reduzida. Segundo Milei, a intenção inicial dos norte-americanos seria impor uma tarifa de 35%, mas esse valor teria sido reavaliado com o objetivo de evitar o redirecionamento do comércio internacional.
A fala do líder argentino surge em um contexto sensível nas relações comerciais da América do Sul, em que os países do Mercosul tentam reagir às barreiras impostas por grandes economias. Para Milei, seu governo teve papel decisivo nos bastidores das conversas que levaram os Estados Unidos a escolherem uma tarifa mais branda. Ele afirmou que essa mudança teve como objetivo impedir desequilíbrios que poderiam prejudicar os próprios americanos, caso o comércio fosse redirecionado de forma descontrolada.
No entanto, as afirmações de Milei provocaram incômodo entre os vizinhos do bloco. Representantes de outros países veem sua atitude como uma forma de tirar proveito político de uma decisão tomada unilateralmente pelos Estados Unidos, sem que a Argentina tenha atuado oficialmente como representante do Mercosul nas tratativas. Até o momento, não há confirmação por parte das autoridades norte-americanas de que a Argentina tenha influenciado diretamente na redução da tarifa.
A taxação norte-americana sobre o aço e o alumínio é parte de uma estratégia para proteger a indústria doméstica diante do aumento nas importações e da sobra de capacidade global de produção desses insumos. O Brasil, um dos maiores fornecedores desses produtos para os Estados Unidos, tem buscado alternativas para minimizar os impactos econômicos da medida. Nesse cenário, a tentativa de Milei de se colocar como protagonista nas negociações internacionais foi vista por muitos como exagerada.
Desde o início de sua gestão, Milei adota uma postura crítica em relação ao Mercosul, afirmando que o bloco precisa de reformas profundas para se tornar eficiente. Sua visão liberal e a defesa de uma política externa mais independente já causaram atritos com outros países sul-americanos. Ao dizer que a Argentina ajudou os parceiros a escapar de uma tarifa mais severa, o presidente argentino reforça sua imagem de líder contestador, mas também corre o risco de aumentar o distanciamento político entre Buenos Aires e os demais integrantes do bloco.
No plano interno, Milei também tem enfrentado resistência por causa das medidas econômicas duras implementadas desde sua posse. Em meio a esse cenário, adotar uma narrativa de força no cenário internacional pode ser uma estratégia para desviar a atenção de problemas domésticos e fortalecer sua base de apoio. No entanto, o impacto dessa abordagem sobre as relações diplomáticas e comerciais do Mercosul ainda é incerto.
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