VÍDEO: PCC TENTA ALICIAR MINISTRO DO STF, DIZ MP


Uma investigação conduzida pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) revelou que Rodrigo Felício, conhecido como “Tiquinho” e apontado como um dos integrantes do alto escalão do Primeiro Comando da Capital (PCC), articulou uma tentativa de influenciar decisões no Supremo Tribunal Federal (STF). O alvo seria o ministro Kassio Nunes Marques, representante do estado do Piauí na Corte.

Segundo os investigadores, Tiquinho buscou estabelecer uma linha indireta de comunicação com o ministro por meio de seus familiares. Mensagens e cartas analisadas pelas autoridades indicam que parentes do criminoso atuaram como intermediários, com o objetivo de criar um canal informal que pudesse favorecer seus interesses em processos judiciais.

A atuação de Tiquinho, conforme apurado, demonstra uma estratégia mais sofisticada do PCC, que vai além das atividades comuns ligadas ao tráfico de drogas, à lavagem de dinheiro e ao controle do sistema prisional. A tentativa de alcançar membros do Judiciário mostra um avanço nas formas de atuação da facção, que estaria buscando influenciar diretamente decisões do poder público.

Rodrigo Felício é apontado como uma figura influente dentro da facção, com responsabilidades voltadas à articulação externa do grupo. O conteúdo das mensagens interceptadas revela uma preocupação clara em tentar moldar decisões judiciais que pudessem beneficiar sua situação pessoal ou de aliados dentro do sistema penal.

As autoridades não identificaram qualquer indício de que o ministro tenha sido corrompido ou que tenha tido contato direto com os interlocutores envolvidos. No entanto, o simples fato de uma organização criminosa tentar se aproximar de um membro do STF acende um alerta sobre a ousadia e o alcance das ações do crime organizado.

A investigação está em andamento, com parte das informações sob sigilo, mas há indícios de que outras tentativas semelhantes estejam sendo analisadas, envolvendo diferentes membros do PCC e outras figuras públicas. A apuração também levanta o debate sobre os mecanismos de proteção das instituições e a importância de manter a integridade do sistema judiciário frente a investidas criminosas.

O uso de parentes para atuar como mensageiros ou facilitadores é uma tática recorrente entre organizações criminosas, e neste caso parece ter sido executada como parte de um plano mais amplo, voltado a influenciar decisões de grande repercussão.

A descoberta feita pelo MP-SP representa um marco na atuação das autoridades no combate à atuação política do crime organizado. A tentativa de interferir diretamente no Supremo Tribunal Federal amplia os riscos institucionais e reforça a necessidade de fortalecer os sistemas de controle, inteligência e segurança das esferas mais altas do Estado. A resposta a esse tipo de ameaça deve ser firme e coordenada, a fim de impedir que facções criminosas avancem sobre os espaços de poder institucional.


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