Durante uma manifestação realizada neste domingo (6), em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, compartilhou com o público detalhes de uma conversa recente que teria tido com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A fala do dirigente partidário chamou atenção ao mencionar que o magistrado teria lhe prometido uma espécie de anistia, em meio a investigações das quais vinha sendo alvo.
O relato foi feito no palco do ato, que reuniu apoiadores bolsonaristas em diversas cidades. Valdemar aproveitou sua participação para falar sobre a reunião com o ministro, alegando que Moraes teria lhe garantido um gesto de perdão judicial. Poucos dias antes, a Procuradoria-Geral da República optou por não apresentar denúncia contra ele, o que trouxe especulações sobre eventuais articulações nos bastidores.
A expressão “anistia”, usada por Valdemar, ganhou força entre os presentes, muitos dos quais defendem uma anistia ampla para aliados de Bolsonaro que estão sendo investigados por participação nos atos do dia 8 de janeiro de 2023 ou por outros episódios considerados antidemocráticos. A declaração do presidente do PL foi recebida com entusiasmo por parte do público, que viu nela uma sinalização de que há espaço para recuos institucionais.
A conversa entre Valdemar e Moraes não havia sido divulgada anteriormente. Com a revelação, surgiram questionamentos sobre a motivação da reunião e o que foi realmente discutido. Valdemar Costa Neto é uma das principais lideranças do centrão e comanda o partido com a maior bancada da Câmara desde as eleições de 2022. Sua influência tanto no Legislativo quanto no diálogo com figuras do Judiciário sempre despertou atenção nos meios políticos.
Durante o evento, Valdemar também reafirmou o apoio do PL a Bolsonaro e criticou medidas que atingiram aliados do ex-presidente. O tom do ato foi de forte crítica a decisões judiciais, com gritos de apoio à liberdade dos presos por envolvimento nos atos de janeiro e apelos por uma reavaliação das penas impostas. Muitos discursos também abordaram a necessidade de respeito às garantias constitucionais e à separação dos poderes.
A fala de Valdemar reacende os debates sobre a atuação do Supremo Tribunal Federal e sobre a relação entre figuras da política e integrantes da Corte. Ainda que a decisão da PGR de não denunciá-lo esteja dentro das normas legais, a sugestão de que teria havido uma promessa informal de perdão por parte de um ministro do STF gerou desconforto e especulação.
Até o momento, o Supremo não emitiu nenhuma nota oficial sobre o conteúdo mencionado por Valdemar. A ausência de esclarecimentos alimenta discussões sobre os limites das conversas entre líderes partidários e membros do Judiciário, em um cenário político já tensionado por acusações de interferência e disputas institucionais.
Com sua declaração, Valdemar volta a ocupar espaço nos debates nacionais, em um momento delicado para o governo e para as instituições. O episódio promete desdobramentos nas próximas semanas, com possíveis repercussões tanto no Congresso quanto no meio jurídico.
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