O Projeto de Lei da Anistia reacendeu tensões dentro do governo federal e gerou críticas contundentes por parte do Palácio do Planalto. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, expressou forte descontentamento com a postura de parlamentares aliados que manifestaram apoio à proposta. O governo vê esse apoio como uma contradição grave, já que a iniciativa é considerada uma ameaça à democracia e uma tentativa de proteger figuras envolvidas em atos antidemocráticos.
O apoio de deputados da própria base governista causou surpresa e desconforto entre ministros e assessores do núcleo político do Executivo. Para o governo, essa posição vai na contramão dos princípios defendidos desde o início da atual gestão, que tem priorizado a estabilidade institucional, a defesa do Judiciário e a responsabilização de envolvidos em atos extremistas. A leitura no Planalto é de que o projeto enfraquece a autoridade do sistema de justiça e relativiza crimes que colocaram em risco a democracia brasileira.
A situação revela uma crise de articulação interna, em que a falta de alinhamento entre o governo e sua base no Congresso ameaça comprometer pautas sensíveis. A adesão de aliados ao projeto de anistia escancara a dificuldade do Executivo em manter uma frente parlamentar coesa, principalmente em temas de alta relevância simbólica e institucional. Essa desunião pode afetar o andamento de outras propostas consideradas estratégicas para o governo.
Além disso, o Planalto teme que a aprovação do projeto envie um recado negativo à sociedade, sugerindo complacência com ações de natureza golpista. O entendimento entre os principais articuladores do governo é de que a concessão de anistia nesse contexto representaria um grave erro político e jurídico, enfraquecendo o combate a atos que violam o Estado Democrático de Direito.
Nos bastidores, o governo trabalha para barrar o avanço do projeto e tenta reverter o apoio de parlamentares que, mesmo integrando a base, decidiram se alinhar à proposta. A estratégia é reforçar a defesa da legalidade e da punição a quem atentou contra as instituições. Ao mesmo tempo, o Executivo busca mobilizar setores da sociedade civil, movimentos sociais e outras lideranças políticas para pressionar o Congresso a rejeitar a medida.
VEJA TAMBÉM:
Garanta acesso ao nosso conteúdo clicando aqui, para entrar no grupo do WhatsApp onde você receberá todas as nossas matérias, notícias e artigos em primeira mão (apenas ADMs enviam mensagens).
Clique aqui para ter acesso ao livro escrito por juristas, economistas, jornalistas e profissionais da saúde conservadores que denuncia absurdos vividos no Brasil e no mundo, como tiranias, campanhas anticientíficas, atos de corrupção, ilegalidades por notáveis autoridades, fraudes e muito mais.
Comentários
Postar um comentário
Cadastre seu e-mail na barra "seguir" para que você possa receber nossos artigos em sua caixa de entrada e nos acompanhe nas redes sociais.