O Supremo Tribunal Federal (STF) adotou uma medida inédita durante a sessão da Primeira Turma que analisava o caso do chamado “núcleo 2” da suposta tentativa de golpe de Estado. Pela primeira vez, todos os presentes na sala de julgamento – incluindo advogados, jornalistas, servidores e outros participantes – foram obrigados a entregar seus celulares antes do início dos trabalhos. A ação foi interpretada como uma resposta à sensibilidade e ao potencial impacto político e institucional do caso.
O “núcleo 2” está inserido no conjunto de investigações que apuram ações coordenadas com o objetivo de impedir a posse de autoridades democraticamente eleitas e alterar de forma indevida o resultado das últimas eleições. Os acusados dessa fase são apontados como colaboradores ou apoiadores logísticos da articulação, sem ocuparem funções públicas atualmente. Ainda assim, o processo é considerado de alta relevância, o que levou o STF a reforçar as medidas de segurança.
A decisão de recolher os celulares não foi precedida de aviso formal e pegou muitos de surpresa, especialmente profissionais da imprensa e advogados de defesa, que costumam utilizar os aparelhos para registro e comunicação em tempo real durante os julgamentos. Apesar de não ser uma prática comum, a medida foi implementada como forma de evitar vazamentos, garantir o sigilo das informações e manter o controle sobre o ambiente da sessão.
Nos corredores do STF, a decisão foi interpretada como um gesto de precaução diante da gravidade das investigações. A preocupação com a integridade das apurações e a preservação do processo decisório dos ministros motivou a adoção de um procedimento mais rigoroso, mesmo que isso alterasse a dinâmica habitual dos julgamentos públicos.
O julgamento do “núcleo 2” ocorre em meio a investigações amplas que buscam responsabilizar autores e colaboradores de ações antidemocráticas. Embora os acusados desta etapa estejam fora do serviço público, os desdobramentos do caso têm potencial de influenciar o entendimento jurídico sobre a responsabilização por tentativas de ruptura institucional.
Ainda não se sabe se o recolhimento de celulares passará a fazer parte de um novo padrão de segurança para sessões com alta repercussão, ou se foi uma medida específica para esse julgamento em razão da sua natureza.
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