Em recuperação de uma cirurgia de emergência, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a se comunicar com seus apoiadores nesta quinta-feira (1º), por meio de uma videochamada. Na ligação, feita a partir do hospital DF Star, em Brasília, onde está internado há mais de duas semanas, Bolsonaro afirmou que pretende comparecer, ainda que com limitações físicas, à manifestação marcada para o dia 7 de maio, em apoio à anistia dos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023.
Confira detalhes no vídeo:
A conversa com os simpatizantes foi intermediada por Eduardo Torres, cunhado de Bolsonaro e irmão da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Um grupo de apoiadores do ex-presidente estava reunido em frente ao hospital quando ele apareceu na chamada. Durante a conversa, Bolsonaro disse que, se estiver em condições de saúde, pretende marcar presença na manifestação, ainda que de forma simbólica, de um ponto de observação próximo, já que não poderá caminhar.
Na fala, o ex-presidente detalhou seu atual estado clínico. Segundo ele, a cirurgia foi complexa, durando cerca de 12 horas, e está diretamente relacionada aos efeitos do atentado que sofreu em 2018, durante a campanha presidencial, quando foi esfaqueado por Adélio Bispo. Bolsonaro mencionou que o procedimento foi invasivo e exigiu cuidados intensivos, o que explica a longa internação, incluindo um período de 12 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Apesar da recuperação lenta, Bolsonaro se mostrou otimista e afirmou que espera iniciar a alimentação normal nos próximos dias. Segundo ele, há a possibilidade de retirar os equipamentos médicos auxiliares no fim de semana, o que seria um sinal de melhora significativa. O ex-presidente também projetou que, dentro de uma semana após deixar o hospital, deve retomar sua rotina normal em casa.
Durante a ligação, Bolsonaro voltou a fazer críticas ao atual governo e reforçou sua narrativa sobre os acontecimentos de 8 de janeiro. Segundo ele, os manifestantes condenados estão sendo injustiçados e as acusações de tentativa de golpe não se sustentam. O ex-presidente classificou os atos como um “crime impossível”, argumentando que não havia armas, planejamento militar ou recursos financeiros que indicassem uma tentativa concreta de tomada de poder.
Além disso, Bolsonaro voltou a associar Adélio Bispo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reforçando a tese de motivação política por trás do atentado que sofreu em 2018. Embora essa ligação não tenha sido comprovada judicialmente, o ex-presidente mantém essa retórica como parte de sua narrativa política.
A manifestação marcada para 7 de maio deve reunir apoiadores de Bolsonaro em diferentes capitais, mas a presença do ex-presidente, mesmo que de forma limitada, é vista como um gesto simbólico importante dentro da mobilização da direita. A possível aparição dele deve reforçar o apelo à anistia e fortalecer o discurso de perseguição política adotado por seus aliados. O ambiente político segue polarizado, com os desdobramentos do 8 de janeiro ainda repercutindo fortemente na sociedade e no Judiciário.
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