Na manhã deste domingo, 4 de maio de 2025, o ex-presidente Jair Bolsonaro, de 70 anos, deixou o hospital DF Star, em Brasília, após permanecer internado por 22 dias. A internação foi motivada por uma nova complicação intestinal, consequência da facada sofrida durante a campanha eleitoral de 2018. Durante o período, Bolsonaro passou por sua sétima cirurgia relacionada ao episódio, uma laparotomia exploradora para tratar uma obstrução intestinal e realizar a reconstrução da parede abdominal.
Confira detalhes no vídeo:
A cirurgia foi realizada logo no segundo dia de internação, em 13 de abril, e foi considerada delicada, devido ao histórico médico do ex-presidente. A facada que sofreu há quase sete anos ainda provoca efeitos em seu sistema digestivo, levando à necessidade de constantes avaliações médicas e, por vezes, novos procedimentos cirúrgicos. A equipe médica optou pela intervenção cirúrgica após constatar que o quadro de obstrução não poderia ser resolvido apenas com tratamento clínico.
Durante os dias de internação, Bolsonaro permaneceu em observação intensiva. O período exigiu cuidados específicos para garantir a recuperação adequada da função intestinal e a cicatrização da parede abdominal, comprometida pelas múltiplas intervenções anteriores. A reabilitação também incluiu acompanhamento nutricional e fisioterapia leve, uma vez que o ex-presidente enfrentava dores e limitações de movimento.
Desde sua entrada no hospital, aliados e familiares próximos evitaram dar detalhes à imprensa, mantendo certa discrição sobre o estado de saúde do ex-presidente. Os boletins médicos divulgados pelo hospital indicaram progresso gradual e estável, até que, neste domingo, foi autorizada sua liberação. A saída de Bolsonaro ocorreu de forma discreta, com escolta reduzida, e ele não falou com a imprensa.
A alta marca o encerramento de mais um capítulo no longo histórico médico de Bolsonaro, que tem convivido com complicações recorrentes desde o atentado de 2018. O ataque, ocorrido durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG), atingiu órgãos internos e provocou uma série de consequências que continuam exigindo atenção médica. Desde então, o ex-presidente passou por múltiplas cirurgias abdominais, além de períodos de internação para controle de infecções, aderências intestinais e quadros de suboclusão.
Apesar de estar fora de cargos públicos desde o fim de seu mandato, Bolsonaro segue como figura influente no cenário político nacional. Sua recuperação é observada com atenção tanto por apoiadores, que se mobilizaram em frente ao hospital em momentos da internação, quanto por adversários, atentos aos possíveis desdobramentos de seu retorno à cena pública.
A expectativa agora é que Bolsonaro siga em recuperação domiciliar, com acompanhamento médico regular e restrições quanto a atividades físicas. Ainda não há informações sobre compromissos públicos futuros, mas interlocutores próximos indicam que ele deve manter uma rotina reservada nas próximas semanas.
Com a alta deste domingo, o ex-presidente volta para casa, encerrando mais um período delicado de sua trajetória marcada por episódios médicos complexos desde que foi vítima da tentativa de assassinato em 2018.
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