BRASIL: DEPUTADO MAURÍCIO MARCON REVELA EFEITOS DE BASTIDOR DA DECISÃO DO STF QUE “AFRONTOU” A CÂMARA
O deputado federal Maurício Marcon, em um pronunciamento ao vivo nas redes sociais, fez duras críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), destacando o que considerou um erro jurídico e político na condução de processos envolvendo membros da oposição. A decisão do STF, que seguiu uma ação que suspendeu a continuidade da ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros aliados, foi apontada por Marcon como uma evidência de abuso de poder e de falhas no sistema judiciário.
Confira detalhes no vídeo:
O deputado explicou que, após a Câmara dos Deputados suspender a ação, o STF encontrou uma maneira de dar continuidade ao processo contra o deputado Delegado Ramagem, separando os tipos de crimes cometidos antes e depois da diplomação de Ramagem. Essa divisão, segundo Marcon, gerou um cenário jurídico confuso e contraditório, onde crimes como golpe de Estado e tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito passaram a ser considerados como ocorridos antes de dezembro de 2022, data em que Ramagem assumiu o cargo de deputado.
A crítica de Marcon se concentrou no fato de que, segundo a decisão, muitos dos envolvidos no processo, como a militante Débora do Batom, foram condenados por crimes como tentativa de golpe de Estado e organização criminosa armada, mas, segundo o parlamentar, não há provas concretas que sustentem essas acusações. Marcon questionou se o Supremo tinha alguma evidência concreta, como e-mails ou mensagens, que comprovassem a organização criminosa ou a tentativa de derrubar o Estado democrático de direito por parte desses acusados. Para o deputado, a decisão do STF expôs o que ele considerou um “absurdo” e uma “insanidade”, acusando o tribunal de se perder em suas próprias narrativas.
Além disso, Marcon sugeriu possíveis respostas que a Câmara dos Deputados poderia adotar em relação ao que considerou um abuso de autoridade por parte do STF. A primeira delas seria a implementação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o abuso de autoridade, uma medida que, segundo o parlamentar, poderia ajudar a esclarecer as ações do Supremo e trazer à tona os supostos excessos cometidos pelo tribunal. Outra possibilidade seria a votação de um projeto que acabasse com o foro privilegiado, algo que, segundo Marcon, poderia ajudar a reduzir a influência do STF em questões políticas e evitar abusos de poder.
Marcon também mencionou a pressão dentro da Câmara, sugerindo que o Centrão, grupo político com grande influência no Congresso, já está ciente da situação e pode agir de forma decisiva para combater o que considera ser um ataque à autonomia do Legislativo. Ele afirmou que, embora não soubesse qual seria a reação do presidente da Câmara, Hugo Motta, havia um sentimento crescente de insatisfação com as arbitrariedades do STF, o que poderia gerar uma resposta política.
Em sua fala, o deputado resumiu sua crítica ao STF afirmando que o tribunal havia se perdido completamente, tornando suas decisões insustentáveis. Para Marcon, o processo atual é uma “barbárie” e carece de uma individualização das penas e das responsabilidades, o que, segundo ele, representa uma violação dos direitos fundamentais dos acusados.
O pronunciamento de Maurício Marcon gerou debates acalorados sobre o papel do STF no cenário político e jurídico brasileiro, enquanto o deputado sugeriu que o Congresso Nacional tomasse medidas para restabelecer o equilíbrio entre os poderes e garantir a justiça em processos relacionados a figuras políticas da oposição.
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