O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, se viu no centro de uma controvérsia nesta segunda-feira (5) após sugerir que os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro deveriam ir para a “vala”. A declaração foi feita durante um evento em Salvador e gerou críticas intensas nas redes sociais e entre figuras políticas. Diante da repercussão negativa, o petista pediu desculpas, alegando que sua fala foi mal interpretada e fora de contexto.
Confira detalhes no vídeo:
Rodrigues, aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, explicou que seu comentário aconteceu no contexto de uma reflexão sobre as diferenças entre os governos de Bolsonaro e Lula. Ele mencionou que estava avaliando as atitudes e o comportamento dos líderes políticos, especialmente no que tange às ações durante situações de crise. O governador relatou que, durante uma visita à cidade de Brejões, na Bahia, recebeu uma ligação de Lula perguntando sobre a situação das chuvas no estado e oferecendo ajuda, o que, segundo ele, o fez refletir sobre as abordagens contrastantes dos dois presidentes.
Segundo Jerônimo, seu objetivo era destacar as dificuldades de governar sob um presidente que, segundo ele, "fechava as portas" e demonstrava insensibilidade em momentos críticos, como quando Bolsonaro teria sido acusado de atitudes inadequadas durante a pandemia. O governador afirmou que a comparação entre os dois momentos foi feita de maneira impulsiva e no calor da emoção, mas que ele jamais teve a intenção de desrespeitar alguém ou incitar violência.
Apesar de tentar contextualizar sua fala, o governador baiano reconheceu que o uso do termo “vala” foi infeliz e que isso causou uma impressão equivocada. Jerônimo afirmou que em nenhum momento desejou a morte de qualquer pessoa, especialmente de membros da oposição, e reforçou que sempre teve uma postura ética e respeitosa, tanto na política quanto em sua vida pessoal. Ele também enfatizou sua fé religiosa, lembrando que é uma pessoa de igreja e que jamais faria uma comparação que envolvesse a morte de forma leviana.
O pedido de desculpas de Jerônimo Rodrigues veio em um momento delicado para a política baiana e nacional. Suas palavras, aparentemente descompostas, foram rapidamente reprovadas por adversários políticos e setores da sociedade que consideraram a comparação inadequada e agressiva. O governador, contudo, se comprometeu a aprender com o erro e a seguir em frente com sua agenda de trabalho em Salvador.
A declaração também expôs as tensões políticas que marcam o atual cenário brasileiro, com a polarização entre os campos que apoiam os governos de Lula e Bolsonaro. Embora a situação tenha sido rapidamente retomada por Jerônimo como um equívoco, o episódio serve como um lembrete das complexas relações entre os políticos e o poder das palavras no atual ambiente de discussão política.
Em sua justificativa, o governador afirmou que, independentemente de suas críticas à gestão anterior, o respeito pela vida e pelos opositores é essencial para qualquer processo democrático, e que essa postura é algo que ele sempre procurou adotar em sua trajetória pública.
VEJA TAMBÉM:
Garanta acesso ao nosso conteúdo clicando aqui, para entrar no grupo do WhatsApp onde você receberá todas as nossas matérias, notícias e artigos em primeira mão (apenas ADMs enviam mensagens).
Clique aqui para ter acesso ao livro escrito por juristas, economistas, jornalistas e profissionais da saúde conservadores que denuncia absurdos vividos no Brasil e no mundo, como tiranias, campanhas anticientíficas, atos de corrupção, ilegalidades por notáveis autoridades, fraudes e muito mais.
Comentários
Postar um comentário
Cadastre seu e-mail na barra "seguir" para que você possa receber nossos artigos em sua caixa de entrada e nos acompanhe nas redes sociais.