Durante sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) realizada na última quinta-feira (22), o ministro Flávio Dino fez uma leitura pública de um comentário ofensivo que recebeu pela ouvidoria da Corte. O teor da mensagem continha xingamentos e ameaças dirigidas ao ministro, incluindo um apelido inusitado, que o chamou de “rocambole do inferno”.
Confira detalhes no vídeo:
O episódio aconteceu durante o julgamento de duas ações que discutiam a criação de cargos operacionais nos tribunais de contas dos Estados de São Paulo e Goiás. Flávio Dino aproveitou a ocasião para ilustrar o que chamou de “tempos de ódio” na atual conjuntura política e social do país.
Na sua fala, o ministro destacou a agressividade e a violência presentes no discurso público, evidenciadas no comentário recebido. A mensagem, sem identificação do autor, além de insultar Dino com palavras ofensivas, sugeria que ele merecia apanhar até perder os dentes. O texto também fazia críticas a figuras públicas como Gilberto Gil, Caetano Veloso e Dilma Rousseff, associando-os a um contexto negativo, e afirmava que Dino seria um “canalha”.
Apesar do teor agressivo, o ministro Flávio Dino tratou o apelido “rocambole do inferno” com um tom de leveza, classificando-o como uma expressão criativa e até poética. Ele afirmou que, ao perguntar à sua esposa sobre o comentário, certamente ouviria uma versão mais carinhosa do apelido.
Ao concluir a leitura, o ministro ressaltou que o objetivo era exemplificar o “espírito do tempo” atual, marcado pela disseminação de ódio e desvarios nas redes sociais e no debate público. Segundo ele, essas manifestações de ódio não são apenas palavras soltas, mas ganham força ao penetrar na mente das pessoas, transformando-se em ações e comportamentos que impactam diretamente a sociedade.
Dino reforçou que o Judiciário precisa considerar as consequências práticas desses discursos durante suas decisões. A gravidade do problema, segundo o ministro, exige atenção especial para o impacto das palavras, especialmente em ambientes públicos como as redes sociais, onde o ódio pode se proliferar rapidamente.
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