Durante sessão realizada nesta terça-feira (6), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), protagonizou um momento descontraído ao comentar, em tom irônico, a quantidade de pedidos de suspeição que vêm sendo direcionados a ele em diferentes processos. A fala ocorreu no plenário da Primeira Turma da Corte, enquanto os ministros analisavam denúncias relacionadas a uma suposta tentativa de golpe de Estado.
Confira detalhes no vídeo:
A manifestação do ministro aconteceu após um comentário feito por seu colega Luiz Fux, que criticou investigações conduzidas pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), em que seu nome teria sido incluído em pesquisas envolvendo as urnas eletrônicas. O episódio gerou reações entre os magistrados, que demonstraram desconforto com a atuação do órgão de inteligência em assuntos relacionados ao processo eleitoral.
Ao fazer referência às inúmeras contestações sobre sua imparcialidade, Moraes afirmou, em tom de brincadeira, estar “magoado” com o elevado número de pedidos de afastamento protocolados contra ele em diversos casos. O ministro comparou a situação com a de Fux, destacando que, mesmo quando outros membros da Corte são mencionados em investigações, não enfrentam a mesma quantidade de contestações.
A sessão da Primeira Turma tratava da análise de uma denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra um grupo de sete investigados, apontados como integrantes do chamado "núcleo 4" de uma suposta articulação golpista. De acordo com a PGR, os acusados teriam atuado na disseminação de informações falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro, com o objetivo de enfraquecer a confiança nas instituições democráticas e favorecer a permanência do ex-presidente Jair Bolsonaro no poder.
A análise da denúncia pela Primeira Turma pode se estender até esta quarta-feira (7), uma vez que os ministros têm até o fim da sessão para apresentar seus votos. A eventual aceitação da denúncia transformaria os acusados em réus no processo, dando início à fase de instrução da ação penal.
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