A Polícia Federal deu um passo importante na investigação sobre fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ao apreender cadernos com registros que apontam para o pagamento sistemático de propinas a integrantes do órgão. O material, considerado altamente relevante pelos investigadores, foi recolhido durante uma das diligências da Operação Sem Desconto, que apura um esquema bilionário de desvios na Previdência Social.
Confira detalhes no vídeo:
Os cadernos estavam na residência de Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido nos bastidores como “Careca do INSS”, figura já identificada pelos investigadores como um dos principais articuladores do esquema. O conteúdo das anotações inclui nomes e porcentagens, sugerindo o envolvimento de pessoas ligadas à alta cúpula do INSS em práticas de corrupção institucionalizada.
A apreensão ocorreu no escritório de Antunes, onde os agentes encontraram documentos organizados que sugerem um sistema meticuloso de distribuição de vantagens indevidas. As informações contidas nos cadernos levantam a suspeita de que havia um fluxo constante de propinas direcionadas a servidores públicos e intermediários com influência nas decisões do instituto.
A operação, deflagrada após meses de apuração e monitoramento, revelou a existência de um esquema estruturado que envolvia a concessão irregular de benefícios previdenciários em troca de pagamentos ilícitos. O prejuízo aos cofres públicos é estimado em bilhões de reais por ano, tornando esta uma das maiores investigações sobre fraudes no sistema previdenciário brasileiro nas últimas décadas.
De acordo com os investigadores, as anotações encontradas podem ajudar a mapear a cadeia de responsabilidades e identificar o papel de cada envolvido. A menção a nomes de servidores e supostos beneficiários de propina será cruzada com dados financeiros e movimentações bancárias para confirmar o repasse de valores. A expectativa é que o material sirva como base para aprofundar a investigação e para novos desdobramentos da operação.
Além das anotações, a Polícia Federal também recolheu computadores, celulares e documentos fiscais que serão analisados em busca de provas complementares. O objetivo agora é traçar a rota do dinheiro e detalhar como funcionava o fluxo de recursos entre os envolvidos no esquema, incluindo possíveis operadores políticos e empresários beneficiados.
A atuação de Antonio Carlos Camilo Antunes tem sido observada há algum tempo pelas autoridades. Ele é apontado como lobista e facilitador, responsável por articular contatos e viabilizar negociações ilegais dentro do INSS. A suspeita é que ele atuava como elo entre servidores corrompidos e interessados na aprovação irregular de aposentadorias, pensões e auxílios diversos.
O avanço da operação coloca o INSS no centro de um novo escândalo, reforçando a percepção de fragilidade nos mecanismos de controle e fiscalização do instituto. A expectativa é de que, com o aprofundamento das investigações, novos nomes surjam e medidas judiciais sejam tomadas para responsabilizar os envolvidos e recuperar parte dos valores desviados.
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