A China deu mais um passo em sua corrida tecnológica no setor de defesa ao apresentar novas imagens de sua primeira aeronave-mãe de drones desenvolvida para fins militares e operações de longa duração. O modelo, chamado Jiutian SS-UAV, foi revelado pela AVIC (Corporação da Indústria da Aviação da China) nesta terça-feira (20), evidenciando o avanço do país na integração de sistemas não tripulados ao seu aparato bélico.
Confira detalhes no vídeo:
Com 16,35 metros de comprimento e 4,99 metros de altura, o Jiutian impressiona não apenas pelo tamanho, mas também pela complexidade do seu projeto. A aeronave atinge até 16 toneladas no momento da decolagem e conta com um design futurista voltado para missões estratégicas. O elemento central do sistema é o chamado “Isomerism Hive”, uma baía interna desenvolvida para abrigar, transportar e lançar pequenos drones em pleno voo. Esta estrutura atua como um compartimento modular que possibilita o controle e liberação de múltiplas aeronaves menores durante operações aéreas.
O conceito de “nave-mãe” de drones não é novo, mas a China se torna uma das primeiras nações a apresentar uma versão funcional e voltada especificamente para o uso em cenários de guerra. A função da aeronave é ampliar a capacidade de atuação em campo sem depender de pistas de pouso ou bases terrestres próximas, permitindo a penetração mais profunda em territórios adversários e ampliando o alcance tático do Exército de Libertação Popular.
O Jiutian SS-UAV foi projetado para operar de forma autônoma e cooperativa. Ou seja, além de realizar missões de vigilância e ataque, também pode funcionar como uma plataforma de comando para os drones lançados, coordenando suas trajetórias, alvos e estratégias de retorno. Esse tipo de sistema aumenta a versatilidade operacional e diminui a exposição de pilotos humanos em zonas de risco.
A apresentação pública do Jiutian acontece em um contexto de intensificação das disputas geopolíticas e de corrida armamentista com foco em tecnologia de ponta. O desenvolvimento dessa aeronave sinaliza o empenho da China em modernizar suas Forças Armadas por meio de inteligência artificial, sistemas não tripulados e plataformas de guerra híbrida. O modelo também reforça a tendência global de substituição progressiva de sistemas tripulados em missões de alto risco por veículos automatizados.
Além de seu uso potencial em conflitos, o Jiutian pode ser empregado em tarefas prolongadas de patrulha, reconhecimento e coleta de dados, inclusive em áreas marítimas ou de difícil acesso. Sua autonomia e capacidade de operar com múltiplos drones simultaneamente ampliam as possibilidades de atuação em cenários variados, do combate direto à espionagem e monitoramento de fronteiras.
A AVIC ainda não divulgou detalhes sobre o cronograma de produção em larga escala, mas especialistas internacionais observam com atenção o projeto, que representa um salto significativo na doutrina de guerra aérea. O Jiutian SS-UAV inaugura uma nova fase no uso de drones como peças centrais nas estratégias militares do futuro.
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