MUNDO: FRAUDE BILIONÁRIA ENVOLVENDO COMPRA DE PETRÓLEO DA VENEZUELA COMO SE FOSSE DO BRASIL É DESCOBERTA


Um complexo esquema de comércio internacional envolvendo petróleo está colocando em xeque a fiscalização global sobre sanções econômicas. Segundo informações recentes, a China estaria importando petróleo da Venezuela com rotulagem fraudulenta, fazendo-o passar por produto brasileiro. Estima-se que mais de 1 bilhão de dólares em petróleo venezuelano tenha sido rebatizado dessa forma apenas no ano passado, escancarando a sofisticação e o alcance das estratégias para burlar sanções comerciais.

Confira detalhes no vídeo:

A operação envolveria um conjunto articulado de empresas de rastreamento de navios-tanque, comerciantes de commodities e companhias ligadas à logística naval. Desde julho de 2024, traders vêm rotulando cargas de petróleo bruto venezuelano como se fossem originárias do Brasil. Essa alteração permitiu que navios zarpassem diretamente da Venezuela em direção à China, contornando os mecanismos tradicionais de fiscalização, especialmente aqueles estabelecidos na região da Malásia, onde normalmente seriam retidas para verificação.

Para ocultar a real procedência do produto, diversas camadas de disfarce foram empregadas. Entre elas, destaca-se o uso de manipulação de sinais de localização dos navios. Sistemas de rastreamento, como o AIS (Sistema de Identificação Automática), estariam sendo adulterados para criar trajetos fictícios ou omitir completamente partes da rota. Além disso, em alto-mar, as embarcações estariam realizando transferências de carga entre si, um procedimento conhecido como "ship-to-ship transfer", dificultando ainda mais a identificação da origem do petróleo.

A Venezuela, alvo de sanções econômicas dos Estados Unidos e de outras nações devido ao regime de Nicolás Maduro, tem enfrentado sérias dificuldades para comercializar seu petróleo no mercado internacional. Diante disso, tem buscado métodos alternativos para escoar sua produção e gerar receitas, valendo-se da demanda energética crescente de países como a China. A utilização do Brasil como fachada é estratégica: o país sul-americano possui uma indústria petrolífera robusta e respeitada, o que torna a origem brasileira menos sujeita a questionamentos nos portos asiáticos.

Do lado chinês, o interesse na aquisição de petróleo a preços mais baixos e com menos entraves logísticos parece ter alimentado a continuidade do esquema. A China é hoje uma das maiores consumidoras de energia do planeta e mantém relações estreitas com a Venezuela, embora oficialmente respeite embargos internacionais. A operação clandestina evidencia, no entanto, que os interesses energéticos muitas vezes se sobrepõem aos compromissos diplomáticos.

O caso levanta sérias preocupações sobre a capacidade das autoridades internacionais em fiscalizar o comércio global de petróleo, um dos mercados mais sensíveis e estratégicos do planeta. Além de escancarar falhas nos mecanismos de rastreamento e fiscalização, o episódio revela como as redes de comércio ilegal evoluíram para operar com alta tecnologia e em colaboração com múltiplos atores ao redor do mundo.

Enquanto investigações continuam em curso, cresce a pressão por maior transparência nas cadeias globais de fornecimento de energia e por um sistema mais eficiente de identificação de fraudes e desvios. O episódio também chama atenção para a necessidade de políticas de sanções que levem em conta as complexas realidades do comércio internacional e a crescente capacidade de adaptação dos regimes sancionados.

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