O novo líder da Igreja Católica, Papa Leão XIV, compartilhou neste sábado (10) com os cardeais as razões que o levaram a escolher esse nome como símbolo de seu pontificado. A inspiração, segundo explicou, veio do Papa Leão XIII, figura marcante no fim do século XIX, especialmente por sua atuação diante das transformações sociais provocadas pela Primeira Revolução Industrial. Agora, com o mundo passando por uma nova revolução — a tecnológica e a da inteligência artificial — Leão XIV quer reafirmar o compromisso da Igreja com a justiça social e a dignidade humana.
Confira detalhes no vídeo:
A escolha do nome não é apenas uma homenagem, mas um sinal claro da direção que o novo pontífice pretende tomar. Leão XIII é lembrado pela encíclica Rerum Novarum, publicada em 1891, que marcou o início da Doutrina Social da Igreja ao tratar das condições de vida e trabalho dos operários no contexto industrial. Leão XIV, ao resgatar esse legado, pretende aplicar os mesmos princípios fundamentais à realidade contemporânea, marcada pelo avanço acelerado da tecnologia e pelas mudanças profundas no mundo do trabalho.
Robert Francis Prevost, como era conhecido antes da eleição papal, foi anunciado como novo papa na quinta-feira (8), no segundo dia do conclave. Aos 69 anos, ele sucede o Papa Francisco, que comandou a Igreja por 12 anos e é lembrado por seu enfoque pastoral, pela defesa dos pobres e pela ênfase em temas ambientais e sociais. Durante o encontro com os cardeais, Leão XIV fez uma homenagem ao seu antecessor, referindo-se ao falecimento recente de Francisco e destacando sua importância no processo de renovação espiritual da Igreja.
O novo pontífice descreveu este momento como uma travessia marcada pela fé, em que a Igreja precisa olhar para o passado com gratidão e para o futuro com esperança. O contexto atual, segundo ele, exige uma reflexão profunda sobre o papel da Igreja diante das transformações tecnológicas, das novas formas de exclusão e da crescente concentração de poder econômico.
Leão XIV também destacou que a doutrina social católica permanece como um instrumento valioso para orientar os fiéis diante dos desafios contemporâneos. A inteligência artificial, por exemplo, impõe questões éticas urgentes que envolvem desde o respeito à privacidade até a proteção do trabalho humano. Para o papa, é essencial que a Igreja continue a ser uma voz ativa na defesa da dignidade de cada pessoa, especialmente dos mais vulneráveis.
Com seu discurso, o pontífice inaugura um novo ciclo no Vaticano, que pretende aprofundar o diálogo entre fé, ciência e justiça social. Sua escolha sinaliza uma continuidade com o espírito reformista de Francisco, mas com um foco ainda mais nítido na atuação da Igreja diante dos impactos sociais da revolução tecnológica global.
A partir de agora, os olhos do mundo estarão voltados para as primeiras ações de Leão XIV como papa, em um cenário global que exige respostas rápidas, firmes e éticas a transformações que moldam a vida de bilhões de pessoas.
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