VÍDEO: ADVOGADA CHORA AO EXPOR SITUAÇÃO DE PRESOS DO 8 DE JANEIRO NA ARGENTINA


Uma comitiva da Comissão de Direitos Humanos do Senado brasileiro realizou uma viagem à Argentina para analisar a situação de brasileiros encarcerados naquele país sob alegações consideradas políticas. A advogada Carolina Siebra, da Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de Janeiro (ASFAV), que representa presos e perseguidos políticos ligados ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, detalhou os acontecimentos e desafios enfrentados durante a missão.

Segundo Carolina, atualmente cinco brasileiros estão detidos na Argentina, sendo quatro homens e uma mulher, todos sob custódia do governo argentino. Além desses casos, aproximadamente 70 pessoas evitam procurar o Comitê Nacional para Refugiados (Conare) para renovar seus documentos, por medo de serem identificadas e presas. Isso acontece porque o Conare comunica às autoridades locais quando alguém está atualizando sua documentação, o que aumenta o risco de prisões.

O pedido de extradição contra esses brasileiros foi feito pelo ministro Alexandre de Moraes, e um juiz argentino teria aceitado a solicitação sem avaliar cuidadosamente as circunstâncias que envolvem essas pessoas, que, segundo os defensores, são vítimas de perseguição política. Essa falta de análise aprofundada sobre o contexto político das detenções torna o quadro ainda mais preocupante.

Durante a visita, a comissão tentou acessar os locais de detenção para visitar os brasileiros presos, mas foi impedida de entrar nas celas, gerando preocupação sobre as condições em que eles estão vivendo. Carolina Siebra manifestou a esperança de que o relatório a ser elaborado pela Comissão de Direitos Humanos do Senado possa ajudar a melhorar a situação dos detidos.

Um caso que chamou atenção foi o de uma mulher presa, que teria sofrido maus-tratos de uma colega de cela, relato que emocionou a advogada. Ela pediu que esse testemunho seja levado ao conhecimento do presidente argentino Javier Milei, buscando sensibilizar as autoridades sobre as violações de direitos humanos enfrentadas pelos presos, especialmente considerando que muitos deles já tinham status de asilados políticos no país.

A advogada ressaltou que prender pessoas que já possuem asilo político representa uma violação ainda mais grave dos direitos humanos. Além disso, destacou que não existe nenhuma evidência concreta de que essas pessoas tenham cometido crimes. São indivíduos inocentes, sem antecedentes criminais, que estão passando por uma situação injusta.

Para aumentar a visibilidade do problema, Carolina Siebra solicitou o apoio da população para compartilhar essas informações e alcançar as autoridades competentes, com o objetivo de acelerar a libertação dos brasileiros presos e possibilitar o retorno deles às suas famílias.

A missão da Comissão de Direitos Humanos do Senado à Argentina, junto com os relatos da advogada, revela uma situação delicada envolvendo questões de direitos humanos, justiça e política internacional. O caso demanda atenção urgente para proteger cidadãos brasileiros que enfrentam processos e detenções controversas em solo estrangeiro.


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