O ex-presidente Jair Bolsonaro concedeu sua primeira entrevista após um período de mais de 20 dias internado, revelando sua perspectiva sobre os acontecimentos que marcaram sua recuperação e o ambiente político atual. Em uma conversa com jornalistas como Silvio Navarro, Ana Paula Henkel, Adalberto Pioto e Augusto Nunes, Bolsonaro destacou alguns episódios marcantes desde sua hospitalização.
Um dos momentos mais emblemáticos da entrevista foi a reconstituição de um fato que gerou repercussão internacional: a intimação judicial do ministro Alexandre de Moraes, entregue por uma oficial de justiça enquanto o ex-presidente estava internado em UTI. Bolsonaro detalhou como foi o momento, que acabou gerando uma piora em seu estado de saúde. Ele explicou que, apesar de entender que a oficial estava cumprindo sua missão, a forma como foi realizada a intimação o incomodou. Para o ex-presidente, a situação foi anormal, e ele criticou a maneira como o ato foi conduzido.
Além disso, Bolsonaro abordou o processo judicial que enfrenta, especialmente em relação a um inquérito conduzido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e suas implicações no cenário político. O ex-presidente acusou o sistema judicial de estar manipulando o processo e de usar recursos como multas exorbitantes para pressioná-lo. Alega que tais ações buscam prejudicar sua imagem e impedi-lo de se candidatar novamente à presidência nas próximas eleições.
Bolsonaro também defendeu sua postura durante seu governo, argumentando que sempre governou de forma ética e transparente, destacando, por exemplo, a forma como gerenciou os recursos públicos e sua gestão da pandemia. Ele rechaçou as acusações de corrupção e fraude, mencionando diversas investigações e processos nos quais foi alvo, mas assegurando que sempre manteve uma conduta íntegra, inclusive ao tratar de suas contas e gastos oficiais.
Em relação ao cenário internacional, o ex-presidente comentou sobre sua recente reunião com representantes do governo dos Estados Unidos, afirmando que o país estava atento ao que ocorria no Brasil. Ele compartilhou sua visão de que o governo americano tem interesse na estabilidade da região, especialmente para evitar que o Brasil siga o caminho de países como a Venezuela. Bolsonaro também expressou preocupação com o crescente poder do Judiciário no Brasil e o impacto disso na democracia e na separação dos poderes.
Outro ponto destacado foi a alegação de que houve um golpe contra sua presidência, com tentativas de enfraquecer sua gestão através de ações judiciais e políticas. Ele mencionou a repressão à sua liberdade de expressão durante as eleições de 2022, como o fato de não poder divulgar certos conteúdos que considerava relevantes para a campanha. Para Bolsonaro, esses episódios refletem uma tentativa de minar sua imagem e impedir seu retorno ao poder.
No entanto, o ex-presidente se mostrou determinado a continuar sua luta, afirmando que as tentativas de enfraquecê-lo não vão impedi-lo de buscar uma nova candidatura. Ele citou sua visão de que o Brasil precisa de mudanças estruturais para superar as crises e garantir um futuro melhor para a população. Em uma série de afirmações, Bolsonaro reforçou sua convicção de que o país deve seguir um caminho diferente do atual, focando em questões como a desburocratização e a estabilidade econômica, enquanto criticava os rumos que considera perigosos para a democracia brasileira.
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