Durante a marcha dos prefeitos, um momento inusitado chamou atenção: o abraço entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD. Esse gesto, registrado por um leitor da coluna Paulo Cappelli, simboliza a transformação do cenário político que se desenha para as eleições presidenciais de 2026.
Até recentemente, Bolsonaro mantinha duras críticas a Kassab, especialmente porque o PSD teve papel ativo contra ele em investigações importantes, como a CPI da Covid e a CPMI do 8 de Janeiro. O partido, tradicionalmente situado no centro do espectro político, adotava uma postura firme de oposição ao ex-presidente, tornando improvável qualquer aproximação entre os dois.
No entanto, a situação mudou. Atualmente, o PSD integra o governo Lula, comandando três ministérios: Minas e Energia, Pesca e Agricultura. Apesar disso, Kassab tem feito críticas ao governo, sobretudo direcionadas ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o que indica um possível distanciamento do partido em relação à gestão federal.
Ao mesmo tempo, o PSD planeja lançar sua própria candidatura para 2026. O nome em destaque é o do governador do Paraná, Ratinho Junior, que tem boa relação com Bolsonaro e é visto como representante do campo conservador. A escolha reforça a intenção do partido de disputar espaço eleitoral de forma competitiva.
Por sua vez, Bolsonaro ainda avalia suas opções para a próxima eleição, considerando nomes como o ministro Tarcísio de Freitas, sua esposa Michelle e seu filho Eduardo. Essa estratégia visa garantir a presença do ex-presidente e seu grupo na disputa presidencial, seja com candidatura própria ou apoio a aliados próximos.
A aproximação entre Bolsonaro e Kassab revela que, apesar dos desentendimentos do passado, há uma reconfiguração das forças políticas em vista do pleito. Se a candidatura de Ratinho Junior for confirmada e Bolsonaro apoiar um dos candidatos do grupo, é provável que ambos estejam unidos em um eventual segundo turno contra Lula.
Esse movimento demonstra a busca do campo conservador por uma frente consolidada para enfrentar o atual presidente, que tenta a reeleição. O gesto público entre os dois líderes sinaliza que as estratégias eleitorais estão superando antigas divergências e alimentando novas alianças.
Além disso, essa aproximação pode ser interpretada como o início da formação de um bloco mais coeso para disputar as eleições, mostrando que a política no Brasil permanece dinâmica e sujeita a mudanças rápidas conforme se aproximam os momentos decisivos.
O panorama para 2026 ainda é fluido, mas movimentos como este indicam que as definições sobre candidaturas e coalizões devem se intensificar em breve, com o PSD e Bolsonaro desempenhando papéis centrais nesse rearranjo do cenário político nacional.
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