Durante sua recente visita à China, Dilma Rousseff, presidente do Banco do BRICS, causou controvérsia ao apresentar um mapa mundi invertido, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A ex-presidente do Brasil mostrou a versão do mapa onde o país aparece no topo, com o Brasil posicionado como centro do mundo, durante um encontro com representantes chineses. O evento, que contou com a presença do presidente do IBGE, Márcio Pochmann, gerou reações de surpresa e críticas tanto no Brasil quanto no exterior.
O novo mapa propõe uma representação onde o Brasil é destacado no topo, alterando a convenção cartográfica tradicional, que coloca o hemisfério norte no topo da maioria dos mapas. Essa proposta, no entanto, não foi bem recebida dentro do próprio IBGE. A Associação dos Trabalhadores do IBGE, por exemplo, questionou a legitimidade do mapa, considerando-o uma representação artificial e sem apoio nas normas cartográficas reconhecidas mundialmente. Para o sindicato, a medida comprometeria a credibilidade da instituição e não teria justificativa técnica para ser adotada, dado o histórico do IBGE como uma entidade respeitada em termos científicos.
O lançamento do mapa gerou debates acalorados, com muitos funcionários do IBGE expressando desconforto com a decisão. Eles veem o ato como uma tentativa simbólica de valorizar o Brasil, mas sem fundamento técnico ou científico. A polêmica foi intensificada devido ao fato de o IBGE ser uma instituição responsável por dados oficiais do país, e a ação foi vista como uma abordagem que poderia prejudicar sua imagem, tanto no Brasil quanto no cenário internacional.
O incidente se tornou ainda mais controverso devido ao contexto da visita oficial de Dilma à China. O Brasil buscava reforçar suas relações políticas e econômicas com a potência asiática, e muitos consideraram que a exibição do mapa causou uma distração desnecessária. Em vez de concentrar as discussões em questões diplomáticas e econômicas de interesse bilateral, o foco foi desviado para um assunto simbólico, que gerou reações de risos constrangidos entre os participantes do evento. A medida também foi alvo de piadas nas redes sociais, com internautas ironizando a inversão dos polos do mapa, o que causou desconforto entre os que estavam presentes.
Apesar das críticas internas e externas, a apresentação do mapa não deve afetar substancialmente as relações entre o Brasil e a China. No entanto, o episódio levanta questões sobre o impacto de decisões simbólicas na imagem do governo e na confiança nas instituições brasileiras, especialmente em um momento em que o Brasil busca reafirmar sua posição no cenário internacional. O incidente com o mapa também reforça as preocupações sobre como questões simbólicas podem gerar distrações em um contexto político e social já turbulento, refletindo um momento de incerteza para o governo atual e suas políticas públicas.
VEJA TAMBÉM:
Garanta acesso ao nosso conteúdo clicando aqui, para entrar no grupo do WhatsApp onde você receberá todas as nossas matérias, notícias e artigos em primeira mão (apenas ADMs enviam mensagens).
Clique aqui para ter acesso ao livro escrito por juristas, economistas, jornalistas e profissionais da saúde conservadores que denuncia absurdos vividos no Brasil e no mundo, como tiranias, campanhas anticientíficas, atos de corrupção, ilegalidades por notáveis autoridades, fraudes e muito mais.
Comentários
Postar um comentário
Cadastre seu e-mail na barra "seguir" para que você possa receber nossos artigos em sua caixa de entrada e nos acompanhe nas redes sociais.