Uma sessão da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul foi interrompida nesta terça-feira (29) após um intenso confronto verbal entre os deputados Zeca (PT) e Coronel David (PL), forçando a mesa diretora a suspender os trabalhos. O debate, que começava com a discussão sobre a operação policial para desocupar uma área rural, rapidamente se transformou em acusações pessoais e agressões verbais.
A confusão teve início com a apresentação de moções opostas sobre a ação da polícia na desocupação de terras. O deputado João Henrique (PL) elogiou a atuação da corporação, defendendo que a polícia agiu corretamente ao garantir a ordem e a propriedade. Já Zeca, do PT, protocolou uma moção de repúdio, questionando a abordagem utilizada pela polícia na operação e o tratamento dado aos envolvidos.
O clima esquentou ainda mais quando Coronel David, também do PL, protocolou uma moção contra o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), argumentando que manifestações como as realizadas pelo grupo não poderiam prejudicar a população. Em resposta, a deputada Gleice Jane (PT) provocou o colega, questionando se ele também defenderia a mesma postura policial em relação aos protestos antidemocráticos que ocorreram em frente aos quartéis após as eleições.
A reação de Coronel David a essa indagação foi imediata, afirmando que a polícia atua de acordo com a legalidade e que não age motivada por questões políticas. Essa resposta inflamou ainda mais os ânimos, levando Zeca a fazer duras críticas à atuação da polícia, lembrando que, durante os acampamentos pós-eleições, a corporação teria se mostrado omissa, já que não houve ação diante dos protestos, que para ele, visavam um golpe contra o governo.
Foi neste momento que Coronel David perdeu a compostura, respondendo de forma agressiva e acusando Zeca e seu partido de estarem envolvidos com práticas ilícitas. A troca de ofensas entre os dois escalou rapidamente, criando um clima de hostilidade no plenário.
Diante da gravidade da situação, o vice-presidente da Assembleia, Renato Câmara (MDB), decidiu suspender a sessão. A medida foi tomada para tentar controlar o ambiente, que se tornava cada vez mais conturbado. Quando os trabalhos foram retomados, a discussão sobre a desocupação rural e as acusações entre os parlamentares não foi retomada, e a sessão seguiu com o pequeno expediente.
O incidente gerou reações tanto dentro da Assembleia quanto fora dela, com críticas de diversos setores da sociedade sobre a postura dos deputados envolvidos. O episódio evidenciou a crescente polarização política na Casa Legislativa de Mato Grosso do Sul e a dificuldade em manter um ambiente de diálogo construtivo em temas sensíveis, como a atuação da polícia e os direitos de manifestação.
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