VÍDEO: MARINA SILVA BATE BOCA COM SENADORES E SE RETIRA DE COMISSÃO


A audiência pública realizada nesta terça-feira (27 de maio de 2025) na Comissão de Infraestrutura do Senado teve um clima de forte tensão entre autoridades, culminando em um confronto direto entre a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o presidente da comissão, senador Marcos Rogério (PL-RO). A discussão girou em torno do projeto de reconstrução da rodovia BR-319, uma obra que divide opiniões dentro do Congresso e do governo.

O debate foi iniciado após o senador Omar Aziz (PSD-AM) levantar questionamentos sobre o andamento do processo de licenciamento da estrada que liga Manaus a Porto Velho. As falas da ministra Marina Silva, que expressou preocupações ambientais sobre a execução da obra, geraram incômodo em Aziz, que retrucou com críticas à lentidão e à postura do Ministério do Meio Ambiente em relação ao desenvolvimento da região Norte. A troca de críticas interrompeu a reunião por vários minutos.

A situação se agravou com a intervenção do senador Marcos Rogério, que assumiu uma posição mais dura em defesa da rodovia. Ele criticou duramente a ministra, acusando o ministério de dificultar iniciativas essenciais para o progresso regional. Marina Silva, por sua vez, reagiu apontando os riscos ecológicos e a necessidade de avaliar os impactos da obra com responsabilidade. A discussão saiu do controle, com ambos os lados se acusando mutuamente e tornando o ambiente ainda mais tenso.

O clima de confronto deixou em segundo plano os outros temas da audiência, que acabou ficando praticamente restrita ao impasse sobre a BR-319. Marina Silva insistiu na importância de respeitar os critérios técnicos e ambientais, afirmando que o governo não é contra o desenvolvimento, mas defende que ele ocorra de forma sustentável. Já os parlamentares favoráveis à obra alegam que a rodovia é essencial para garantir a mobilidade da população e reduzir o isolamento de cidades da região amazônica.

O episódio refletiu as divergências históricas entre as visões de preservação ambiental e expansão da infraestrutura na Amazônia. A BR-319 é um exemplo emblemático desse conflito: para uns, representa progresso e integração; para outros, é um risco direto ao equilíbrio ecológico da floresta.

A audiência terminou sem avanços concretos, evidenciando o desafio de alcançar um consenso em temas tão complexos e polarizados. A discussão deverá se estender em novas sessões, com possível repercussão no cenário político e nas decisões relacionadas ao planejamento de obras em áreas ambientalmente sensíveis.

O embate entre a ministra e os senadores reforça a centralidade da pauta amazônica no debate nacional, especialmente em um momento em que o Brasil tenta conciliar crescimento econômico com responsabilidade socioambiental.


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