O motoboy Elias Freitas Júnior, mais conhecido como JR Freitas, tornou-se alvo de uma denúncia do Ministério Público de São Paulo por injúria contra o deputado estadual Delegado Olim (PP). A acusação surgiu após declarações feitas por Freitas durante um protesto realizado no dia 18 de março, na Praça da Sé, no centro da capital paulista. No evento, ele criticava um projeto de lei que obriga entregadores a utilizarem chips de rastreamento nas mochilas durante as entregas.
Líder de um movimento independente que reúne profissionais da categoria, JR Freitas se manifestou contra a proposta em um discurso inflamado, no qual utilizou linguagem ofensiva para atacar tanto o autor do projeto, Delegado Olim, quanto o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que sancionou a medida. A fala aconteceu diante de manifestantes contrários à nova legislação.
A proposta em questão prevê que as mochilas usadas por entregadores tenham dispositivos que permitam rastrear os trajetos realizados durante o trabalho. As autoridades alegam que o objetivo é aumentar a segurança e melhorar a fiscalização dos serviços. No entanto, representantes da categoria consideram a medida invasiva, alegando que ela representa uma forma de controle injusto e desrespeita os direitos dos trabalhadores.
A declaração polêmica de JR Freitas não ficou restrita ao protesto. O motoboy compartilhou o trecho do discurso em sua conta no Instagram, que soma mais de 100 mil seguidores. A publicação repercutiu amplamente, chamando a atenção do público e das autoridades. Como resposta, o deputado Delegado Olim moveu uma ação por difamação, que foi investigada pelo 1º Distrito Policial da capital. Com base nas apurações, o Ministério Público ofereceu denúncia contra Freitas por injúria.
Militante da causa dos entregadores e filiado ao PSOL, JR Freitas se posiciona como defensor da categoria diante do que considera abusos promovidos pelo poder público e por empresas de aplicativos. Segundo ele, a denúncia é uma tentativa de silenciar sua atuação e criminalizar sua luta por melhores condições de trabalho. Ele afirma que sua fala foi um protesto espontâneo contra uma política pública considerada injusta e prejudicial à classe trabalhadora.
O caso levanta discussões sobre o equilíbrio entre liberdade de expressão e responsabilidade legal por declarações públicas, especialmente em momentos de mobilização social. Para apoiadores do motoboy, o episódio reflete a repressão a vozes que se opõem a projetos considerados autoritários. Por outro lado, há quem entenda que Freitas ultrapassou os limites do discurso aceitável e deve responder judicialmente por isso.
O processo agora segue para avaliação da Justiça. Enquanto isso, JR Freitas continua participando de manifestações e incentivando a resistência ao projeto de rastreamento, reafirmando o compromisso de seguir defendendo os direitos da categoria dos entregadores em São Paulo.
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