VÍDEO: PARLAMENTAR DE EXTREMA-ESQUERDA DÁ DESCULPA INUSITADA PARA EXPLICAR MANIFESTAÇÕES ESVAZIADAS NO 01/05
O Dia do Trabalhador de 2025 foi marcado por manifestações esvaziadas em várias partes do Brasil, especialmente em São Paulo, onde tradicionalmente se concentram os maiores atos organizados por movimentos sociais e sindicatos alinhados à esquerda. A baixa participação chamou a atenção e gerou repercussão após o deputado Erika Hilton atribuir parte do desinteresse popular ao show da cantora Lady Gaga, realizado no mesmo dia no Rio de Janeiro.
Segundo o parlamentar, o evento musical teria atraído o público jovem que costuma comparecer aos atos políticos, comprometendo a mobilização em São Paulo. A declaração provocou debate nas redes sociais, com reações variadas sobre a justificativa dada para a fraca presença popular nas ruas.
Apesar do destaque dado ao show, o fenômeno do esvaziamento não é novo. Em 2024, as manifestações já haviam mostrado sinais de desgaste, com números de participantes muito abaixo do esperado. Este ano, o cenário se repetiu, levantando questionamentos sobre a atual capacidade de mobilização das organizações de esquerda e das centrais sindicais.
Entre os temas centrais abordados pelos manifestantes estava a crítica à escala de trabalho 6x1, modelo em que o trabalhador cumpre seis dias de serviço antes de ter direito a um dia de folga. A proposta de revisão dessa jornada era uma das principais bandeiras do ato, mas, mesmo com a relevância do tema, não foi suficiente para atrair grandes multidões.
A falta de engajamento também influenciou decisões políticas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que costuma participar dessas celebrações, optou por não comparecer a nenhum dos eventos este ano. A ausência do chefe do Executivo foi interpretada como um sinal de cautela, diante da perspectiva de manifestações com público reduzido e pouco impacto político.
Outras reivindicações levantadas nos atos incluíram o aumento do salário mínimo, a defesa de melhores condições de trabalho e a valorização das negociações entre patrões e empregados. No entanto, mesmo com a presença de representantes de entidades tradicionais e de parlamentares aliados ao governo, o envolvimento da população foi discreto.
A comparação entre os protestos e o show de Lady Gaga acabou gerando reflexões sobre o momento atual da militância política no Brasil. Para muitos, a escolha do entretenimento em vez da participação cívica revela uma mudança no comportamento da sociedade, cada vez mais distante das agendas políticas tradicionais e mais voltada ao consumo de cultura e lazer.
Com dois anos seguidos de manifestações sem grande impacto, partidos de esquerda e movimentos sociais enfrentam o desafio de repensar suas estratégias de mobilização. A dificuldade em engajar a população em torno de pautas trabalhistas e sociais pode indicar uma necessidade de renovar a forma de dialogar com as bases, principalmente em um cenário político onde o interesse popular por participação direta tem diminuído.
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