O evento tradicional do Dia do Trabalhador, realizado em 1º de maio, em São Paulo, foi atípico em 2025, com a ausência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e uma adesão menor do que o esperado. Apesar das tentativas de atrair o público, o ato não conseguiu reunir grande número de pessoas, refletindo um esvaziamento nas manifestações desse ano.
Em São Paulo, houve dois eventos principais: um na Zona Norte da capital, nas proximidades do Campo de Marte, e outro em São Bernardo, no ABC Paulista. Na capital, o evento começou cedo, às 9 horas da manhã, e contou com apresentações de artistas sertanejos, como Fernando e Sorocaba, além de Felipe Araújo, para tentar atrair o público. No entanto, o público estimado foi de apenas 2.000 pessoas, um número bem abaixo das expectativas, segundo dados da Universidade de São Paulo.
Além das apresentações musicais, havia faixas das centrais sindicais, como CUT e CTB, que abordavam questões trabalhistas como a redução da jornada de trabalho e o combate à escala 6x1. Também se manifestaram contra a proposta de anistia aos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro. Para atrair mais público, foram sorteados carros Volkswagen, mas isso não foi suficiente para lotar o evento, com o mestre de cerimônias pedindo para que os presentes preenchessem os espaços vazios ao redor do palco.
Este ano, pela primeira vez desde o início de seu mandato, Lula não participou da celebração. O presidente preferiu se manter no Palácio da Alvorada, onde recebeu representantes das centrais sindicais em uma reunião antes do feriado. Embora tenha se ausentado do evento, Lula se comprometeu a continuar defendendo causas trabalhistas, como a redução da jornada de trabalho e o fim da escala 6x1, temas que dominaram as falas de ministros e sindicalistas.
Para representar o governo no evento, foram enviados três ministros: Márcio Macedo, da Secretaria Geral da Presidência; Cida Gonçalves, da Secretaria das Mulheres; e Luís Marinho, do Ministério do Trabalho. Macedo destacou os avanços na economia, afirmando que o governo Lula tem feito o maior controle inflacionário desde o Plano Real. Cida Gonçalves falou sobre a necessidade de mais mulheres nos espaços de liderança e poder. Já Luís Marinho defendeu a implementação de uma jornada de trabalho de 40 horas semanais e a diminuição da carga horária imposta pela escala 6x1, uma pauta histórica para os movimentos sindicais.
Além das discussões sobre direitos trabalhistas, o escândalo envolvendo fraudes no INSS também foi mencionado, com destaque para desvios de recursos que teriam começado em 2019. Apesar de esforços para mobilizar a classe trabalhadora, o evento de 1º de maio em São Paulo não conseguiu engajar o público da mesma forma que em anos anteriores, refletindo um clima de desmotivação em relação às lutas trabalhistas em um contexto de desafios econômicos e políticos no país.
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