VÍDEO: SENADORA PEDE PARA INFLUENCIADOR JOGAR NO TIGRINHO AO VIVO DURANTE CPI


O influenciador digital Rico Melquiades, vencedor da 13ª edição do reality show "A Fazenda", participou nesta quarta-feira (14) de uma sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets, no Senado Federal. Ele foi convocado como testemunha no âmbito da investigação sobre a promoção de apostas esportivas e jogos de azar pela internet. O nome do influenciador surgiu durante apurações conduzidas pela Polícia Civil de Alagoas, que investiga supostas práticas irregulares ligadas à divulgação de plataformas não autorizadas.

Com uma base de seguidores expressiva nas redes sociais, Rico se tornou figura pública de destaque após sua vitória no reality show em 2021. Desde então, passou a atuar como garoto-propaganda de diversas marcas, incluindo empresas do setor de apostas online, que ganharam espaço no mercado brasileiro nos últimos anos. Justamente por conta dessas parcerias, seu envolvimento está sendo analisado pelas autoridades.

A CPI foi criada para examinar possíveis ilegalidades na atuação de casas de apostas digitais e na forma como essas empresas têm sido promovidas por influenciadores. A preocupação central dos parlamentares é que muitos desses sites funcionam sem qualquer tipo de regulamentação ou autorização no Brasil, o que coloca em risco os usuários e pode favorecer crimes como lavagem de dinheiro e sonegação de impostos.

Durante o depoimento, Rico foi questionado sobre os contratos que firmou com empresas do ramo e o conteúdo que publicou nas redes sociais. Ele afirmou que seu papel era apenas o de divulgar os serviços e que não tinha conhecimento sobre eventuais irregularidades envolvendo essas plataformas. Também destacou que sempre procurou agir conforme a lei e dentro dos padrões do marketing digital.

Paralelamente ao trabalho da CPI, a Polícia Civil de Alagoas continua investigando a participação de diversos influenciadores em campanhas publicitárias de sites considerados ilegais. A suspeita é de que alguns deles tenham recebido quantias significativas para promover essas empresas, mesmo sem a devida verificação da legalidade dos serviços oferecidos. Os investigadores querem determinar se houve omissão ou má-fé por parte dos divulgadores.

O mercado de apostas online no Brasil está em rápida expansão, mas a falta de regras claras tem dificultado o controle sobre essas atividades. Esse cenário levou o Senado a instaurar a CPI com o objetivo de entender a dimensão do problema e propor medidas que garantam maior segurança jurídica e proteção ao consumidor.

O depoimento de Rico Melquiades faz parte de uma série de oitivas previstas pela comissão. Os senadores pretendem ouvir influenciadores, empresários e representantes do setor nos próximos dias, na tentativa de mapear como funciona o modelo de divulgação de apostas no ambiente digital. A CPI deve apresentar um relatório com sugestões para regulamentar o segmento e limitar a publicidade de jogos de azar nas redes sociais, especialmente para proteger o público mais vulnerável.


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