VÍDEO: TRUMP CONFRONTA PRESIDENTE DA ÁFRICA DO SUL POR GENOCÍDIO DE BRANCOS


Durante uma visita oficial aos Estados Unidos, o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, rejeitou as afirmações do presidente norte-americano Donald Trump sobre um suposto “genocídio contra brancos” em seu país. O encontro ocorreu nesta quarta-feira (21), no Salão Oval da Casa Branca, e, embora o diálogo tenha começado de forma cordial, revelou divergências significativas entre os dois líderes.

Trump voltou a mencionar a controvérsia envolvendo alegados ataques contra fazendeiros brancos na África do Sul, tema que tem gerado atritos diplomáticos entre Washington e Pretória. Para apoiar suas declarações, ele solicitou que sua equipe exibisse vídeos que, segundo ele, comprovam a existência desses ataques violentos. Ramaphosa assistiu às imagens, mas manteve sua posição de que não há provas que sustentem a acusação de genocídio.

O presidente sul-africano questionou a autenticidade das imagens e afirmou nunca ter visto tais locais ou casos nos vídeos apresentados. Essa postura reforça a posição oficial do governo sul-africano, que nega qualquer campanha organizada de violência contra fazendeiros brancos ou qualquer outro grupo étnico.

Organizações internacionais de direitos humanos também não confirmam a existência de um genocídio no país. Embora a África do Sul enfrente problemas graves, como altos índices de criminalidade e desigualdade social, não há evidências de perseguição sistemática contra grupos específicos.

As tensões entre os dois governos vêm se acumulando há algum tempo. Trump tem criticado publicamente o governo Ramaphosa, especialmente por políticas como a expropriação de terras promovida pelo Estado sul-africano, que visa corrigir injustiças herdadas do Apartheid. Essa política tem sido alvo de preocupação por parte de grupos conservadores, que temem impactos negativos à economia e à propriedade privada.

Em março, a relação entre os países piorou com a expulsão do antigo embaixador sul-africano em Washington, Ebrahiim Rassol, pelos Estados Unidos. Posteriormente, em maio, um grupo de 59 sul-africanos brancos chegou aos EUA com status de refugiados, alegando perseguição no país. O governo sul-africano, porém, negou veementemente que essas pessoas estivessem sendo perseguidas ou que tivessem justificativa para o pedido de refúgio.

Esse clima de tensão coloca em xeque as relações bilaterais e levanta dúvidas sobre a participação de Donald Trump na próxima reunião do G20, prevista para acontecer em Joanesburgo, na África do Sul. Até o momento, a presença do presidente na cúpula permanece incerta devido ao atual contexto diplomático.

O confronto entre Ramaphosa e Trump destaca os desafios da África do Sul em conciliar políticas internas voltadas à justiça social com pressões externas e narrativas internacionais que podem afetar sua imagem no exterior. O embate também evidencia um debate mais amplo sobre soberania nacional, interpretação dos fatos e as consequências das políticas públicas para diferentes grupos da sociedade sul-africana.


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