BRASIL: AGU DE LULA DESMENTE HADDAD SOBRE RECORRER AO STF


O governo federal enfrenta um momento delicado com a derrubada do decreto que aumentava o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Enquanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sinalizou a possibilidade de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para contestar a decisão, o advogado-geral da União, Jorge Messias, desmentiu que essa decisão já tenha sido tomada, ressaltando que a questão ainda será analisada com cuidado pela equipe econômica antes de qualquer medida.

Confira detalhes no vídeo:

Esse impasse revela um desconforto interno no governo sobre o caminho a seguir diante da rejeição do aumento do IOF pelo Congresso Nacional. O imposto, regulamentado por decreto do Executivo, costuma ser um instrumento utilizado para ajustes financeiros, mas sua aplicação é frequentemente questionada quando usada para cobrir déficits orçamentários. O aumento proposto foi visto como uma medida desesperada para tentar equilibrar as contas públicas.

Do ponto de vista constitucional, a questão gera debates. Enquanto alguns defendem que o Executivo tem competência para editar decretos relativos ao IOF, outros argumentam que o Congresso tem a prerrogativa final para aprovar ou rejeitar tais medidas. Nesse contexto, o Parlamento usou seus poderes para derrubar o decreto, demonstrando força política e autonomia, característica fundamental de uma república federativa que valoriza a representação popular.

A votação no Congresso foi expressiva, com maioria significativa em ambas as casas contra o aumento do imposto, o que evidencia o distanciamento entre o governo e os parlamentares. Esse cenário expõe a dificuldade do Executivo para negociar e construir consensos dentro do Legislativo, enfraquecendo sua capacidade de governar de forma efetiva.

O governo parece ter se habituado a contar com o respaldo do Supremo Tribunal Federal para enfrentar impasses políticos, o que cria uma percepção de dependência excessiva da instância judicial para manter-se no poder. Esse “pacto” entre Executivo e Judiciário vem sendo questionado, sobretudo porque o Supremo não deve funcionar como um órgão político, mas sim como guardião da Constituição.

Além disso, parlamentares começam a se posicionar com mais autonomia, deixando claro que não aceitarão imposições do governo ou do Supremo, sobretudo quando sentem que sua função legislativa está sendo ignorada ou desrespeitada. O risco é que o governo, ao recorrer judicialmente, demonstre incapacidade política e perda de apoio popular e parlamentar.

Esse quadro político, muitas vezes comparado a um “pato manco”, mostra um Executivo enfraquecido e pressionado por diferentes forças, sem uma base sólida de apoio no Congresso. Com pouco mais de um ano e meio para o fim do mandato, o governo precisa repensar sua estratégia para evitar o isolamento e a crise institucional.

Por fim, a tentativa de judicializar um conflito político e econômico mostra um momento de fragilidade do governo, que, ao optar pelo Supremo como árbitro final, revela as dificuldades em dialogar com o Legislativo e em conquistar a confiança necessária para governar com estabilidade e legitimidade.

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