BRASIL: BOLSONARO FALA SOBRE POR QUE NÃO QUIS PASSAR A FAIXA PARA LULA EM DISCURSO NA PAULISTA


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) explicou publicamente a razão de ter viajado aos Estados Unidos logo após o segundo turno das eleições de 2022. Segundo ele, sua decisão foi motivada pela recusa em participar da cerimônia de posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Bolsonaro afirmou que não entregaria a faixa presidencial a alguém que, em suas palavras, considera um “ladrão”, reforçando a narrativa de oposição frontal ao novo governo.

Confira detalhes no vídeo:

A ausência de Bolsonaro na posse presidencial em janeiro de 2023 foi um dos momentos mais simbólicos da transição de governo. Rompendo com a tradição republicana, o então presidente não cumpriu o rito de passagem do cargo, que costuma incluir a entrega da faixa ao sucessor. Em vez disso, embarcou para os Estados Unidos no final de dezembro de 2022, onde permaneceu por cerca de três meses.

Na época, a atitude gerou ampla repercussão política e social. Críticos apontaram que a fuga do protocolo indicava um comportamento antidemocrático e um desrespeito à vontade expressa nas urnas. Para seus apoiadores, no entanto, a decisão foi interpretada como um gesto de coerência com a narrativa adotada por Bolsonaro ao longo de seu mandato, em que frequentemente atacava o sistema eleitoral e questionava a legitimidade do processo democrático no país.

A nova declaração do ex-presidente reforça o tom combativo que tem adotado desde que deixou o cargo. Ao dizer que jamais entregaria a faixa presidencial a Lula, Bolsonaro volta a mobilizar sua base mais fiel e tenta manter viva a polarização que marcou seu governo e o cenário eleitoral de 2022. O discurso ainda fortalece a imagem de resistência que cultiva diante do atual governo e do Supremo Tribunal Federal, instituições que frequentemente critica.

A viagem aos Estados Unidos foi interpretada por muitos como uma tentativa de afastamento estratégico do país em meio ao ambiente conturbado do pós-eleição. Durante sua estadia no exterior, Bolsonaro participou de eventos com apoiadores e manteve-se ativo politicamente, embora sem ocupar cargo formal. Seu retorno ao Brasil, em março de 2023, foi marcado por manifestações de seus seguidores, que o receberam como símbolo de oposição ao governo petista.

As declarações recentes também ocorrem em um momento em que Bolsonaro enfrenta uma série de investigações que envolvem sua conduta durante o mandato. Entre os inquéritos em andamento, estão os relacionados à tentativa de interferência nas eleições, à incitação de atos antidemocráticos e à suposta participação em esquemas de desinformação. Apesar disso, o ex-presidente continua articulando politicamente e sinaliza a intenção de manter protagonismo no debate público.

Ao reafirmar que não passaria a faixa para Lula, Bolsonaro deixa claro que pretende seguir atuando como principal voz da direita no Brasil. A declaração se soma a uma série de movimentos que indicam o fortalecimento de sua posição como líder da oposição, em meio às disputas políticas que já projetam os rumos das próximas eleições.

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