O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou nesta quarta-feira, 18 de junho, que sua viagem para os Estados Unidos foi motivada pelo temor de ser humilhado e para evitar uma suposta retaliação da Procuradoria-Geral da República (PGR). A declaração foi feita em resposta a comentários de um programa jornalístico que questionava sua condição de exilado, alegando que ele não estava sob investigação quando deixou o Brasil.
Confira detalhes no vídeo:
Segundo Eduardo Bolsonaro, a PGR teria adiado qualquer manifestação até seu retorno ao país, planejando uma ação para impedir que ele pudesse exercer um trabalho lícito no cenário internacional. Ele afirmou que essa suposta "armadilha" da Procuradoria tinha como objetivo restringir sua atuação e até reter seu passaporte por ordens judiciais.
O deputado está nos Estados Unidos desde 27 de fevereiro, inicialmente sob o argumento de uma viagem de férias. No entanto, a permanência prolongada está relacionada a ações judiciais e políticas que se desenrolaram desde então. No final de fevereiro, o Partido dos Trabalhadores (PT) ajuizou uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a apreensão do passaporte de Eduardo Bolsonaro.
A base para o pedido do PT foi a acusação de que o deputado estaria cometendo crimes contra a soberania nacional ao criticar o Poder Judiciário brasileiro enquanto estava no exterior. Em meio a esse cenário, Eduardo Bolsonaro decidiu, em 18 de março, oficializar seu afastamento do mandato como deputado federal, assumindo licença sem remuneração para se dedicar integralmente às suas ações no exterior.
Na ocasião, ele declarou que buscaria impor sanções contra aqueles que, segundo ele, violam direitos humanos, indicando que sua permanência fora do Brasil teria caráter político e jurídico, e não apenas pessoal ou de descanso.
O episódio evidencia uma escalada da disputa política entre Eduardo Bolsonaro e órgãos do Judiciário, reforçada pelo conflito entre os poderes Legislativo e Judiciário, tema recorrente na atual conjuntura política brasileira.
A permanência do parlamentar nos Estados Unidos, enquanto enfrenta processos judiciais e disputas políticas, tornou-se ponto de atenção no cenário nacional, polarizando opiniões entre apoiadores que veem sua atitude como resistência e opositores que consideram uma tentativa de fuga das responsabilidades legais.
A questão do passaporte e das possíveis restrições impostas pelo STF continuam sob análise judicial, com decisões que podem impactar diretamente a trajetória política e legal do deputado. Até o momento, o desenrolar desses processos permanece sob sigilo e expectativa pública, enquanto Eduardo Bolsonaro segue ativo em sua articulação política fora do país.
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