A defesa de Filipe Martins, ex-assessor do governo Bolsonaro, solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determine à plataforma Meta a preservação das mensagens do perfil no Instagram atribuído à esposa de Mauro Cid. Essas conversas, divulgadas pela revista Veja, indicam que Mauro Cid, conhecido como Cid, teria mentido ao STF e descumprido medidas impostas pela Justiça. A defesa sustenta que a delação de Cid é falsa e utilizada para incriminar Filipe Martins.
Confira detalhes no vídeo:
Cid mencionou Filipe Martins em seus depoimentos, mas as provas apontam para outra direção. Tanto o ex-presidente Jair Bolsonaro quanto os três comandantes das Forças Armadas, que teriam participado da reunião em que Cid afirmou ter visto Filipe Martins, negaram a presença dele no encontro. Um dos comandantes afirmou que o único presente era Cid. Além disso, dados de geolocalização do celular de Filipe Martins e de um serviço de transporte por aplicativo indicam que ele não estava no Palácio do Planalto no momento da reunião em questão.
Essa reunião teria discutido uma suposta minuta de decreto de golpe, que, conforme análise da defesa, não existe. O documento mais próximo é um decreto constitucional legítimo. Portanto, a narrativa de uma tentativa de golpe envolvendo Filipe Martins não se sustenta. Vale lembrar que ele chegou a ser preso por uma viagem que nunca fez, o que reforça a tese da defesa de que a prisão dele foi injusta.
A situação é considerada absurda por muitos, já que Filipe Martins permanece preso, ainda que em regime domiciliar, apesar da falta de evidências contra ele. A defesa pede sua libertação e uma reparação por danos, pois o caso demonstra falhas graves no processo judicial.
Nos depoimentos recentes, ficou claro que Filipe Martins não tem ligação direta com as acusações que circulam. A forma como seu nome entrou na investigação é questionada e precisa ser rigorosamente apurada. Além disso, tanto Mauro Cid quanto Filipe Martins teriam sido alvos de uma “Fishing Expedition” — uma busca indiscriminada por evidências, onde celulares foram vasculhados em busca de qualquer informação que pudesse ser usada contra eles.
Esse tipo de operação costuma gerar muitos dados sem relevância, com mensagens banais, insultos e comentários que não configuram crimes. Entretanto, esses dados acabaram sendo usados para sustentar a narrativa de envolvimento em golpe, o que especialistas afirmam não ter base jurídica.
Uma crítica recorrente é o uso do WhatsApp como fonte principal para as acusações. Conversas informais, muitas vezes descontextualizadas e até humorísticas, foram tratadas como prova de uma conspiração. Isso, para juristas, não pode ser considerado evidência concreta, pois falar besteira em conversas privadas é comum e não configura crime.
O ponto central da defesa é que não houve tentativa de golpe de Estado, logo, as condenações baseadas nessa tese são infundadas. Apesar disso, o Judiciário manteve as decisões, o que tem gerado debates intensos sobre a justiça do processo.
Diante desse cenário, muitos defendem que a melhor saída para o país seria a aprovação de uma anistia ampla, que permita superar o impasse político e judicial e pacificar o país. Sem isso, o ciclo de acusações e prisões pode continuar indefinidamente, mantendo o clima de instabilidade e divisão.
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