O ex-deputado federal Aldo Rebelo foi ameaçado de prisão por desacato pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), durante depoimento como testemunha de defesa do almirante Almir Garnier. O episódio ocorreu no contexto da ação que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado envolvendo militares e ex-integrantes do governo anterior.
Confira detalhes no vídeo:
Aldo Rebelo compareceu ao tribunal para prestar esclarecimentos em favor do almirante, que é acusado de ter manifestado disposição para apoiar ações golpistas, colocando supostamente tropas da Marinha à disposição de articulações. Durante seu depoimento, ao comentar uma das falas atribuídas a Garnier, Aldo afirmou que a expressão usada — interpretada como um indicativo de adesão à ruptura institucional — seria apenas uma “força de expressão” e não uma intenção real de ação militar.
A resposta causou reação imediata do ministro Alexandre de Moraes, que interrompeu o depoimento com tom severo. Moraes repreendeu Aldo Rebelo, dizendo que não caberia à testemunha oferecer interpretações linguísticas ou semânticas dos fatos sob análise. Segundo o ministro, o depoente deveria ater-se estritamente aos eventos que presenciou ou dos quais tenha conhecimento direto.
O clima na audiência ficou mais tenso quando Aldo tentou rebater Moraes e justificar seu entendimento sobre a declaração do almirante. Nesse momento, o ministro advertiu que, caso ele insistisse em fazer observações subjetivas ou questionar sua condução do depoimento, seria enquadrado por desacato à autoridade judicial e poderia ser preso imediatamente.
A ameaça de prisão gerou desconforto nos presentes e marcou mais um momento de tensão no julgamento, que tem exposto divergências profundas entre a narrativa apresentada pelos investigados e o entendimento da Corte sobre os atos de 2022 e seus desdobramentos.
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