O influenciador digital conhecido como @victorruizsp voltou a ser o centro de polêmica após realizar mais uma ação nos campi da Universidade de São Paulo (USP). Em sua nova investida, Ruiz percorreu os corredores e pátios da universidade removendo materiais com teor político, como cartazes, faixas e panfletos afixados por grupos estudantis ligados à militância de esquerda. As imagens da ação rapidamente ganharam destaque nas redes sociais, gerando repercussão e debates intensos.
Confira detalhes no vídeo:
Diferentemente de sua visita anterior, quando apenas registrou a presença de mensagens com conteúdo partidário nos espaços da universidade, desta vez o influenciador foi além. Munido de celular e acompanhado por seguidores, ele arrancou e rasgou o material que considerava inadequado ao ambiente acadêmico. A ação foi documentada em vídeo, editado e divulgado em seus perfis, com mensagens que reforçam sua defesa de um espaço universitário “neutro” e livre de manifestações ideológicas.
Durante a ação, alguns estudantes confrontaram Ruiz e tentaram impedi-lo de continuar. Houve discussão, troca de acusações e tentativas de bloqueá-lo fisicamente, o que elevou o clima de tensão no campus. Apesar das tentativas de barrá-lo, Ruiz prosseguiu com sua atividade até deixar o local, sob os olhares atentos de estudantes e visitantes.
Em suas redes, o influenciador justificou a ação afirmando que a presença de material partidário em uma instituição pública de ensino é uma forma de aparelhamento ideológico. Para ele, universidades devem promover o conhecimento e o debate, mas sem favorecimento de correntes políticas específicas. Segundo suas postagens, o objetivo é combater o que considera uma ocupação política disfarçada de mobilização estudantil.
A iniciativa, no entanto, dividiu opiniões. Enquanto apoiadores elogiaram a postura do influenciador, muitos usuários das redes criticaram sua conduta, alegando que ele violou o direito à livre expressão dos estudantes e interferiu indevidamente em uma dinâmica tradicional do ambiente universitário. Para críticos, a ação foi interpretada como uma forma de censura e intimidação a vozes dissidentes.
No campus, o episódio reacendeu debates sobre o papel da política nas universidades públicas. Historicamente, a USP tem sido um espaço de efervescência política, com forte presença de organizações estudantis, coletivos e movimentos sociais que utilizam murais e painéis para divulgar eventos, posicionamentos e campanhas. A prática é considerada parte da cultura universitária e, em muitos casos, protegida por normas internas de convivência.
Não há informações, até o momento, sobre a abertura de processos administrativos relacionados ao episódio. No entanto, grupos de estudantes organizam manifestações de repúdio à presença de Ruiz e discutem medidas para defender o direito à expressão política dentro da universidade. A direção do campus ainda não se pronunciou oficialmente sobre o ocorrido.
O caso se insere em um contexto mais amplo de disputas ideológicas que vêm ganhando força nos espaços educacionais brasileiros, especialmente em instituições públicas. A presença de influenciadores e ativistas nessas arenas tende a se tornar cada vez mais comum, reforçando as tensões entre liberdade de expressão, ativismo e neutralidade institucional.
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