Durante uma audiência pública realizada na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, foi discutida a situação dos presos políticos sob responsabilidade do ministro Alexandre de Moraes. O evento contou com depoimentos emocionantes, entre eles o da senhora Célia Regina de Souza Sales Santos, irmã de uma das detentas, que revelou o profundo impacto físico e psicológico sofrido por sua irmã em decorrência da prisão e das condições de encarceramento.
Confira detalhes no vídeo:
Segundo Célia, sua irmã, que antes da prisão não apresentava problemas de saúde, desenvolveu uma série de graves complicações após passar 11 meses detida. Durante esse período, o tratamento médico recebido foi considerado inadequado, especialmente no que diz respeito à saúde mental da detenta. Hoje, a mulher enfrenta múltiplas comorbidades, entre elas colesterol alto, taquicardia e transtornos psiquiátricos relacionados à sensação constante de perseguição e pânico.
O relato revelou o sofrimento diário enfrentado pela presa política, que convive com medo e angústia, manifestados em crises de choro e desespero. A deterioração do estado de saúde demonstra as consequências da privação da liberdade associada à falta de cuidados adequados para detentos que possuem necessidades médicas específicas.
Durante a audiência, Célia também narrou um episódio particularmente grave em que sua irmã sofreu um surto psicótico durante o transporte para uma consulta médica. Esse incidente evidenciou a fragilidade do sistema prisional e a necessidade urgente de cuidados especializados para garantir a integridade física e mental dos presos.
Após a consulta e o ajuste nas medicações, a irmã de Célia apresentou sinais iniciais de melhora, o que indica que, embora tardio, o acompanhamento médico adequado pode contribuir para a recuperação da saúde desses detentos.
A irmã da presa política destacou ainda a importância do debate e a necessidade de dar voz a quem está sofrendo nas prisões. Ela fez um apelo para que a sociedade não permaneça silenciosa diante da situação, reforçando que o que acontece com essas pessoas é uma verdadeira tragédia humana.
A audiência pública foi marcada por um clima de solidariedade e preocupação com as condições dos presos políticos e de todos os detentos que enfrentam situações similares. Parlamentares, representantes de órgãos de direitos humanos e da sociedade civil ressaltaram a necessidade de reformas no sistema prisional e de políticas públicas que garantam tratamento digno e humano aos encarcerados.
O debate trouxe à tona questões recorrentes no sistema penitenciário brasileiro, como a falta de estrutura adequada para atendimento médico, o tratamento psicológico insuficiente e as condições precárias de higiene e segurança. Esses fatores contribuem para o agravamento do quadro de saúde dos presos, especialmente daqueles que já possuem vulnerabilidades ou que são vítimas de perseguições políticas.
Além do aspecto humanitário, o caso também levanta reflexões sobre os limites da Justiça e o papel do Estado na garantia dos direitos fundamentais, mesmo para aqueles que se encontram privados de liberdade. A audiência reforçou a importância de uma fiscalização rigorosa e de uma atuação comprometida dos órgãos responsáveis pela proteção dos direitos dos detentos.
A participação de familiares como Célia é fundamental para trazer à luz as realidades enfrentadas pelos presos e pressionar por mudanças que assegurem condições mínimas de dignidade e respeito. O testemunho emocionado reforça a urgência de políticas que priorizem a saúde e o bem-estar dos encarcerados, garantindo que a prisão não se torne uma sentença de abandono e sofrimento.
Essa audiência pública representa um passo importante na luta por justiça e direitos humanos no sistema prisional brasileiro, convocando a sociedade a não fechar os olhos para o que acontece por trás das grades.
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