BRASIL: LÍDER DO PL NA CÂMARA SE EXALTA E CHAMA MINISTRO DE “BURRO”


Um embate acalorado entre parlamentares do Partido Liberal (PL) e o ministro da Economia, Fernando Haddad, marcou a sessão realizada na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, 11 de junho de 2025. O líder do PL na Casa, Sóstenes Cavalcante (RJ), protagonizou duras críticas ao ministro durante seu discurso no plenário, chegando a chamá-lo de “burro” em meio à tensão crescente entre oposição e governo.

Confira detalhes no vídeo:

O episódio teve início durante uma reunião conjunta das comissões de Finanças e Tributação (CFT) e de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC), onde Haddad estava presente para esclarecer pontos sobre a economia brasileira. A divergência começou a se acentuar quando o ministro questionou a veracidade dos números apresentados pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) em um vídeo sobre uma suposta taxação do Pix, sistema de pagamentos instantâneos.

Haddad contestou a informação divulgada por Nikolas, argumentando que o número de visualizações do vídeo e a quantidade de pessoas que falam português no mundo não corresponderiam ao alegado, mencionando que não existiriam 300 milhões de falantes da língua portuguesa no planeta. Essa declaração gerou reação imediata dos deputados do PL.

Sóstenes Cavalcante, defendendo os colegas Nikolas Ferreira e Carlos Jordy (PL-RJ), acusou o ministro de desconhecimento e falta de preparo para o cargo que ocupa. Em seu discurso, o líder do PL ressaltou que a soma da população falante do português no Brasil e em outros países alcançaria sim a marca dos 300 milhões citada, e classificou Haddad como incapaz de realizar uma conta simples, utilizando termos fortes para demonstrar seu descontentamento.

A troca de acusações evidenciou a tensão política e a polarização existentes no plenário, refletindo o clima acirrado entre oposição e governistas em temas econômicos e políticos. A defesa veemente dos deputados do PL à posição de Nikolas Ferreira demonstrou o alinhamento do partido em questionar as informações apresentadas pelo governo.

O embate entre os parlamentares e o ministro contribuiu para o aumento da temperatura na sessão, o que levou o presidente da Comissão de Finanças e Tributação, Rogério Correia (PT-MG), a interromper a reunião para evitar maiores conflitos e permitir que os debates fossem retomados em um momento mais adequado.

Este episódio mostra o ambiente cada vez mais conflituoso entre os membros da Câmara dos Deputados, especialmente quando temas sensíveis como economia e política fiscal são abordados. A postura crítica da oposição, representada pelo PL, reforça o embate ideológico e político que tem caracterizado o atual cenário no Congresso.

Além da discordância sobre os números relacionados ao Pix e à população lusófona, o confronto simboliza a disputa pelo controle da narrativa política, com cada lado tentando fortalecer suas posições perante a opinião pública. A dinâmica da sessão expõe como questões técnicas acabam se tornando palcos de confrontos pessoais e políticos.

A situação também acende um alerta sobre o nível do diálogo político no país, que tem sido marcado por ataques pessoais e pouca disposição para o debate construtivo. O uso de termos pejorativos e a agressividade nas falas podem dificultar a construção de consensos necessários para a aprovação de medidas importantes.

À medida que as comissões retomam suas atividades, espera-se que os debates sobre a economia e a política fiscal sejam conduzidos com maior equilíbrio, buscando esclarecer dúvidas e fortalecer o entendimento entre parlamentares e governo. No entanto, o recente episódio evidencia que o caminho para o diálogo mais produtivo ainda enfrenta obstáculos significativos dentro do Congresso Nacional.

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