BRASIL: MAURO CID TEM ÁUDIO VAZADO E COMPROMETE NARRATIVA DE “GOLPE BOLSONARISTA”


Novas mensagens de áudio atribuídas a Mauro Cid, enviadas via Instagram, ganharam destaque e trazem à tona uma série de dúvidas sobre o andamento do processo que envolve o tenente-coronel. Nas gravações, ele afirma nunca ter utilizado a palavra “golpe” durante seu depoimento à Polícia Federal, apesar da expressão aparecer diversas vezes nos autos do processo.

Confira detalhes no vídeo:

Nos áudios, Mauro Cid revela um tom de frustração e desabafo, questionando a inclusão da palavra “golpe” no inquérito, algo que ele nega ter dito explicitamente. Ele menciona o impacto negativo que a acusação teve em sua vida pessoal, incluindo danos financeiros, perseguições a familiares e o isolamento de aliados políticos e militares. A situação levou o ex-assessor a afirmar que perdeu praticamente tudo, enquanto outros envolvidos teriam tido seus cargos e status preservados.

O relato revela um homem em situação delicada, expressando que, em meio à pressão e dificuldades, pode ter dito coisas sob coação ou desespero, o que, segundo especialistas, comprometeria a validade das provas apresentadas contra ele. Defensores do tenente-coronel argumentam que esse estado emocional e a suposta arbitrariedade da prisão e investigação configuram um processo viciado, capaz de desqualificar as acusações.

Além disso, Mauro Cid critica a falta de apoio por parte de aliados políticos, apontando que poucos se manifestaram em sua defesa durante os quatro meses em que esteve preso. Ele cita ainda a ausência de solidariedade de deputados, senadores e lideranças do próprio partido, além de declarar desapontamento com membros do PL, especialmente em relação ao presidente do partido.

Em um contexto mais amplo, Cid acusa o Supremo Tribunal Federal (STF), o Congresso Nacional e a mídia de alinhamento em uma narrativa pronta sobre o suposto golpe, que ele classifica como uma construção já consolidada para justificar as investigações e repressões em curso. Segundo ele, essa articulação impede que o debate seja justo ou equilibrado, e o deixa isolado enquanto “o grande articulador” do caso.

A defesa do tenente-coronel afirmou não ter ainda analisado oficialmente os novos áudios e não confirmou sua autenticidade. No entanto, muitos observadores consideram que, se comprovados, esses registros podem abalar significativamente a acusação, uma vez que evidenciam contradições entre o que foi dito em depoimento formal e o que aparece nos relatórios da polícia.

O caso ganha contornos complexos, pois a palavra “golpe” aparece repetidamente nos documentos, mas é negada pelo principal delator, o que levanta a necessidade de uma investigação minuciosa para esclarecer se houve manipulação ou erro no processo.

Esse episódio reforça os questionamentos sobre o uso político e jurídico das investigações, a credibilidade das delações premiadas e o equilíbrio do sistema de justiça diante de pressões políticas e midiáticas. A controvérsia também evidencia o desafio do país em lidar com temas sensíveis relacionados à segurança democrática, liberdade de expressão e respeito às garantias legais.

Enquanto isso, a opinião pública e os especialistas jurídicos acompanham atentos os desdobramentos, aguardando que os esclarecimentos necessários sejam feitos para garantir a transparência e a justiça no tratamento do caso, evitando que ele se transforme em um precedente preocupante para o Estado de Direito no Brasil.

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