BRASIL: QUESTIONADO, LULA DIZ QUE “NÃO SABE” QUANTO ESTÁ GASTANDO EM VIAGENS


Durante sua passagem pela França, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a gerar controvérsia ao declarar que desconhece os custos da própria viagem oficial. Ao ser questionado sobre os valores envolvidos no deslocamento, hospedagem e comitiva, Lula afirmou que não sabe quanto está gastando, pois não cuida dessa parte, e tentou justificar a viagem dizendo saber o que está "levando de volta" ao Brasil.

Confira detalhes no vídeo:

A declaração, vinda do chefe de Estado de um país que enfrenta dificuldades fiscais, serviços públicos deficitários e uma população pressionada pela inflação, soa, no mínimo, desconectada da realidade da maioria dos brasileiros. Ao não apresentar clareza sobre os gastos públicos que envolvem sua própria atuação internacional, Lula contribui para o enfraquecimento da transparência administrativa — algo que ele próprio, em outras ocasiões, disse defender.

Embora seja natural que presidentes realizem viagens oficiais ao exterior em busca de acordos e investimentos, o mínimo que se espera é responsabilidade com o uso do dinheiro público. A fala de Lula revela não apenas desinformação sobre os gastos, mas uma postura despreocupada com a prestação de contas à sociedade. Isso é ainda mais problemático em um contexto no qual milhares de brasileiros vivem com salários mínimos, enfrentam precariedade nos serviços de saúde e educação, e são constantemente cobrados por mais impostos e cortes de benefícios.

A presidência da República, com toda sua estrutura e aparato logístico, envolve altos custos. Viagens internacionais exigem deslocamento de segurança, equipe técnica, ministros e outros servidores. Muitas vezes, esses roteiros incluem jantares oficiais, estadias em hotéis de luxo e deslocamentos em aeronaves de alto padrão. Quando o mandatário do país diz que não sabe quanto está sendo gasto e sequer demonstra interesse em saber, transmite uma mensagem negativa de descaso com o zelo pelo dinheiro do contribuinte.

O discurso de que a viagem trará benefícios ao país pode até ser verdadeiro em parte, mas ele não isenta o governo de informar com clareza os custos envolvidos, nem justifica a falta de controle ou conhecimento por parte do presidente. A eficiência do setor público não depende apenas de promessas de retorno político ou econômico — ela também requer responsabilidade fiscal, prestação de contas e respeito aos cidadãos que financiam, com seus impostos, essas ações.

A fala de Lula também pode ser lida como um sintoma de um modelo de poder em que os dirigentes se veem acima da necessidade de prestar explicações sobre seus próprios atos. Ao naturalizar a ignorância sobre despesas oficiais, o presidente corre o risco de ampliar a distância entre o Palácio do Planalto e os brasileiros comuns.

Num país onde a cobrança por mais ética e responsabilidade na política é crescente, Lula perde a oportunidade de dar o exemplo e reafirmar seu compromisso com a transparência. Ao contrário, opta por um discurso superficial, que reforça a imagem de uma elite política distante das dificuldades do povo.

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