Uma delegação de prefeitos e funcionários municipais brasileiros que se encontra em Israel enfrenta dificuldades para retornar ao Brasil e está organizando sua saída do país sem apoio direto do governo federal. A informação foi confirmada pelo prefeito de Macaé (RJ), Welberth Rezende, neste sábado, 14 de junho de 2025. Rezende afirmou que a decisão de buscar alternativas para deixar o território israelense partiu dos próprios integrantes do grupo, diante da ausência de medidas concretas por parte das autoridades brasileiras.
Confira detalhes no vídeo:
O cenário em Israel continua instável, com aeroportos ainda fechados, o que impossibilita voos comerciais de entrada e saída do país. Segundo informações repassadas à comitiva brasileira pelo Ministério de Relações Exteriores de Israel, não há qualquer previsão oficial para a reabertura das operações aeroportuárias. Isso tem gerado preocupação entre os membros da delegação, que agora avaliam outras opções para retornar ao Brasil.
A principal alternativa considerada pelos prefeitos é a saída por via terrestre. Com a aviação civil paralisada, a comitiva discute possíveis rotas que envolvem travessias por países vizinhos, o que exigiria o deslocamento até fronteiras terrestres ainda abertas e o uso de transporte terrestre até locais de onde possam embarcar para o Brasil. A decisão envolve riscos e desafios logísticos, mas tem sido vista como a solução mais viável no momento.
Ainda de acordo com Welberth Rezende, a maioria dos integrantes da delegação já se mostrou favorável a essa alternativa. O grupo segue em contato com autoridades locais, serviços consulares de outros países e empresas privadas que possam viabilizar esse deslocamento, ao mesmo tempo em que tentam obter algum nível de assistência diplomática brasileira, mesmo que indireta.
A ausência de suporte por parte do governo brasileiro tem sido um dos principais pontos de crítica por parte dos prefeitos presentes em Israel. Eles esperavam maior agilidade e coordenação por parte do Itamaraty, especialmente diante da gravidade do contexto em que se encontram. A percepção é de que a delegação foi deixada em segundo plano, mesmo estando em missão oficial.
A viagem da comitiva teve como propósito inicial a troca de experiências em gestão municipal, inovação urbana e segurança pública. O grupo havia planejado visitas a centros de tecnologia e reuniões com autoridades locais. No entanto, os recentes desdobramentos do cenário geopolítico em Israel forçaram a mudança abrupta dos planos, priorizando agora a segurança e o retorno ao território brasileiro.
Enquanto isso, familiares dos integrantes da comitiva aguardam notícias no Brasil e cobram ações mais efetivas por parte do Ministério das Relações Exteriores. O caso levanta novamente o debate sobre os mecanismos de proteção consular e a capacidade de resposta do governo em situações emergenciais envolvendo cidadãos brasileiros no exterior.
A delegação segue monitorando a situação no país e busca uma saída segura nos próximos dias, mesmo que isso exija deslocamentos complexos e longas viagens até o ponto de embarque mais próximo. A expectativa é de que o retorno ocorra em breve, com ou sem ajuda do governo federal.
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