MUNDO: PUTIN FAZ REUNIÃO INUSITADA COM DILMA


O presidente da Rússia, Vladimir Putin, recebeu nesta quarta-feira, 18 de junho de 2025, a ex-presidente do Brasil e atual chefe do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), Dilma Rousseff, para uma reunião estratégica em Moscou. O encontro teve como foco os desafios econômicos enfrentados pelos países que integram o grupo Brics — Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul —, com ênfase na busca por alternativas que reduzam a dependência das moedas ocidentais, especialmente o dólar norte-americano e o euro.

Confira detalhes no vídeo:

A reunião ocorre em um contexto de mudanças significativas no cenário econômico internacional, com os países emergentes do bloco buscando fortalecer sua autonomia financeira. A crescente instabilidade nas relações comerciais globais, aliada às sanções aplicadas a alguns integrantes do grupo, como a Rússia, tem estimulado o debate sobre a necessidade de transações diretas em moedas nacionais e a construção de um sistema financeiro mais independente das potências ocidentais.

Durante o encontro, Dilma e Putin conversaram sobre estratégias para ampliar a utilização de moedas locais nas operações financeiras entre os membros do bloco. Entre as medidas consideradas estão acordos bilaterais de câmbio, mecanismos de compensação financeira e investimentos coordenados em infraestrutura financeira digital que permitam o uso facilitado dessas moedas. O objetivo é criar um ambiente mais seguro e estável para o comércio entre os países dos Brics, sem a exposição direta às flutuações do dólar ou à política monetária dos Estados Unidos e da União Europeia.

Putin destacou que a construção de um sistema financeiro mais autônomo dentro do grupo é uma prioridade para os próximos anos. Para o presidente russo, a expansão das transações que utilizem as moedas nacionais dos Brics não é apenas uma questão econômica, mas também estratégica, diante da atual configuração geopolítica. Segundo ele, é necessário dar atenção especial à criação de mecanismos que consolidem a soberania econômica do bloco.

Dilma Rousseff, à frente do Novo Banco de Desenvolvimento, tem atuado como articuladora desses esforços, promovendo projetos que envolvem financiamento conjunto em moedas locais e ampliando o alcance do banco como instrumento de apoio à integração financeira entre os membros do grupo. O NDB já tem em curso diversas iniciativas que visam fortalecer a cooperação econômica entre os países emergentes, inclusive com a entrada de novos membros observadores e parceiros.

O encontro entre as duas autoridades também marca uma etapa importante no processo de reposicionamento dos Brics como uma força geopolítica global, com ambições de influenciar a arquitetura financeira internacional. O grupo busca se consolidar como alternativa ao sistema tradicional dominado por instituições como o FMI e o Banco Mundial.

Nos próximos meses, os líderes do bloco devem aprofundar as discussões sobre a criação de novos instrumentos financeiros e mecanismos de pagamento alternativos, preparando o terreno para a cúpula anual dos Brics, que será realizada ainda este ano.

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