O setor do agronegócio, um dos pilares da base que sustentou Jair Bolsonaro durante seu governo, tem intensificado a cobrança por uma definição clara sobre quem será o nome indicado pelo ex-presidente para disputar a eleição presidencial de 2026. A expectativa é que Bolsonaro, mesmo estando inelegível, exerça papel central como articulador político e apadrinhe um candidato alinhado aos valores da direita e aos interesses do campo.
Lideranças do setor rural consideram fundamental iniciar o quanto antes a construção de uma candidatura forte, capaz de unificar o campo conservador e enfrentar com chances reais o atual governo. Há uma preocupação crescente de que a demora em apresentar um sucessor enfraqueça a oposição e permita que o governo atual avance em pautas consideradas prejudiciais ao agronegócio.
A principal exigência é por um nome que garanta a continuidade de políticas que favoreceram o setor nos últimos anos, como incentivos à produção, facilitação do crédito e abertura de mercados internacionais. Além disso, os produtores querem alguém que se comprometa a resistir a agendas ambientais mais rígidas, que, segundo eles, podem prejudicar a competitividade do setor no mercado global.
Embora Bolsonaro ainda não tenha oficializado nenhum nome, alguns aliados são frequentemente mencionados como potenciais herdeiros de seu projeto político. Entre eles estão o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e a ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina — ambos bem avaliados por representantes do agronegócio e vistos como opções viáveis para manter o legado bolsonarista nas urnas.
A cobrança por uma definição não se limita à escolha de um nome. Os líderes do setor também querem que Bolsonaro se envolva ativamente na organização de palanques regionais e na consolidação de uma frente ampla de direita, capaz de mobilizar diferentes segmentos da sociedade. A avaliação é que a força do ex-presidente nas redes sociais e entre os eleitores mais fiéis continua sendo uma vantagem considerável, que pode ser transferida ao seu indicado.
Do ponto de vista estratégico, o agronegócio entende que o tempo é curto. Para que o sucessor ganhe notoriedade e possa enfrentar de igual para igual o candidato governista, será necessário iniciar o trabalho de construção de imagem desde já. Eventos, entrevistas, visitas ao interior e forte presença na internet são vistos como ações essenciais para preparar o terreno para a campanha.
A movimentação deixa claro que o setor rural não pretende ser apenas um apoiador nas próximas eleições, mas sim um agente ativo na definição dos rumos do projeto político que se opõe ao governo atual. A pressão sobre Bolsonaro é para que ele, mesmo fora da disputa, continue como a principal referência da direita e ajude a garantir a viabilidade de um nome competitivo nas urnas.
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