Em um movimento que pegou muitos de surpresa, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) revelou que seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), não deve mais concorrer a uma vaga no Senado nas próximas eleições. A decisão representa uma mudança significativa na estratégia política da família Bolsonaro e abre espaço para que outras figuras ganhem protagonismo dentro do grupo conservador.
Até então, Eduardo era visto como um dos nomes mais fortes para disputar o Senado, especialmente em estados como São Paulo, onde possui uma base eleitoral consolidada. Com a retirada de sua pré-candidatura, o cenário eleitoral dentro do bolsonarismo passa por ajustes, e novos nomes devem ser considerados para a vaga.
Nos bastidores, especula-se que a mudança pode estar relacionada a uma tentativa de preservar Eduardo de embates mais intensos, além de evitar desgastes em uma campanha majoritária. A disputa por uma cadeira no Senado costuma ser acirrada e exige acordos amplos, que vão além do eleitorado bolsonarista. Ao abrir mão da candidatura do filho, Jair Bolsonaro pode estar sinalizando disposição para ampliar alianças e recompor forças com outros setores da direita.
Outro fator que pode ter influenciado a decisão é o ambiente jurídico delicado que cerca parte da família Bolsonaro. Jair Bolsonaro, por exemplo, está envolvido em diversas investigações que comprometem sua elegibilidade. Com isso, preservar figuras centrais como Eduardo de exposições maiores pode ser uma medida estratégica para manter influência política no médio prazo.
Ainda que fora da disputa ao Senado, Eduardo continua sendo uma figura relevante na base bolsonarista. Sua atuação nas redes sociais e em eventos da direita internacional garante visibilidade e engajamento, especialmente entre os eleitores mais fiéis ao projeto conservador. A tendência é que ele mantenha seu mandato como deputado federal ou assuma papel importante nos bastidores da articulação política da direita para 2026.
A saída de Eduardo da corrida ao Senado também reconfigura o tabuleiro do PL e dos partidos aliados. Sem ele como candidato, outras lideranças poderão se lançar na disputa com apoio do ex-presidente, que permanece como uma das principais referências da oposição ao governo Lula. Essa movimentação pode ajudar o grupo bolsonarista a diversificar suas candidaturas e reforçar sua presença em diversos estados.
A escolha de Jair Bolsonaro mostra que, mesmo fora do poder e com limitações legais, ele continua influente nas definições eleitorais da direita. Sua decisão sobre Eduardo demonstra cálculo político e tentativa de reposicionamento do movimento bolsonarista para as eleições de 2026.
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