Durante seu depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira, 10 de junho, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) adotou um tom sarcástico ao interagir com o ministro Alexandre de Moraes. Em meio ao interrogatório, ele fez uma piada sugerindo que Moraes poderia ser seu companheiro de chapa como vice-presidente nas eleições de 2026.
A fala, feita em tom de provocação, ocorreu enquanto Bolsonaro prestava esclarecimentos no processo criminal que apura uma suposta tentativa de impedir a posse de Inácio Lula da Silva (PT). A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa o ex-presidente de ter encabeçado um plano que buscava reverter o resultado das urnas por meio de medidas consideradas antidemocráticas.
Esse depoimento ocorre em um momento decisivo para o futuro político e jurídico de Bolsonaro, que é investigado em diversos inquéritos. No caso atual, as autoridades analisam sua atuação no fim do mandato, período em que ele intensificou críticas ao sistema eleitoral, fez declarações de teor golpista e foi apontado como influenciador de manifestações que questionavam o resultado das eleições.
A provocação feita a Moraes, um dos principais nomes do Judiciário nas ações contra atos antidemocráticos, foi vista como mais um gesto calculado do ex-presidente, que costuma utilizar o humor irônico para provocar adversários e manter sua base política engajada. Mesmo sob investigação, Bolsonaro tenta preservar sua imagem como líder da oposição e figura central da direita no país.
Apesar da leveza com que tratou o ministro em tom de brincadeira, o contexto é grave. O ex-presidente pode enfrentar consequências legais sérias caso a Justiça entenda que houve tentativa real de subverter a ordem constitucional. A possível inelegibilidade ou até penas mais duras não estão descartadas, dependendo dos desdobramentos do processo.
O futuro político do ex-presidente dependerá em grande parte do desenrolar desses processos. Caso consiga escapar de uma condenação, ele poderá tentar retornar ao cenário eleitoral em 2026. Por ora, Bolsonaro segue apostando no confronto e no humor ácido como forma de resistência e sobrevivência política.
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