Na manhã desta terça-feira (24 de junho de 2025), durante uma acareação no Supremo Tribunal Federal (STF), o general Walter Braga Netto e o tenente-coronel Mauro Cid, ambos réus em um processo que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado, protagonizaram um embate direto. Conforme relatado pelo advogado de Braga Netto, José Luís Oliveira Lima, o general chegou a chamar o tenente-coronel de mentiroso durante o confronto.
A acareação tem como objetivo esclarecer divergências entre os depoimentos dos investigados e é uma etapa importante para o esclarecimento dos fatos. O general Braga Netto, que ocupou posições de destaque no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), confrontou as declarações de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente, questionando a veracidade das informações apresentadas por ele.
Segundo a defesa do general, durante o procedimento, Mauro Cid manteve a cabeça baixa e evitou contato visual, atitude que, para os advogados de Braga Netto, demonstra insegurança e fragilidade em seu depoimento. A postura do tenente-coronel contrastou com a firmeza do general, que rebateu as alegações feitas, afirmando que seu oponente estava distorcendo os fatos.
Ambos respondem a uma ação penal que investiga supostos planos para tentar impedir a posse do presidente eleito em 2023, configurando um crime contra a ordem constitucional. O caso ganhou grande destaque por envolver figuras militares ligadas ao governo Bolsonaro e pela gravidade das acusações de tentativa de subverter o processo democrático.
O confronto durante a acareação evidencia as tensões internas entre os réus, o que pode influenciar o andamento das investigações e do julgamento. Procedimentos como esse são cruciais para o STF avaliar a coerência das versões apresentadas e identificar eventuais contradições ou mentiras que possam comprometer a credibilidade dos envolvidos.
Braga Netto, que já foi ministro da Defesa e chefe do Gabinete de Segurança Institucional, e Mauro Cid, que atuava diretamente ao lado do ex-presidente, são nomes centrais na investigação, dada a sua proximidade com as ações ocorridas no período pós-eleitoral.
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