Na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, a jovem Agnes Gusmão relatou em detalhes o drama vivido por sua família, após o que considera uma perseguição de cunho político. Durante a audiência pública, ela trouxe à tona os impactos da prisão de seus pais, que foram condenados em processos ligados ao Supremo Tribunal Federal, sem, segundo ela, terem tido acesso ao direito de defesa ou julgamento justo.
Agnes contou que, após a prisão dos pais, ficou sozinha com a responsabilidade de cuidar de seus irmãos pequenos. A jovem destacou a dor e o trauma causados pela ausência repentina de sua mãe e de seu pai, que, de acordo com seu relato, foram presos sem qualquer acusação formal ou julgamento. Sua mãe teria ficado detida por seis meses, enquanto o pai permaneceu preso por 11 meses. Nesse período, enfrentaram situações precárias e foram submetidos a maus-tratos.
Buscando segurança, a família decidiu deixar o Brasil e pedir refúgio na Argentina. No entanto, os problemas não cessaram. O pai de Agnes foi novamente detido no país vizinho enquanto tentava renovar sua autorização de permanência, mesmo estando amparado por normas internacionais que asseguram proteção a requerentes de asilo. A jovem ressaltou que a prisão ocorreu em desrespeito a esses direitos e agravou ainda mais a situação da família, forçada a viver no exílio e separada.
Durante seu discurso, Agnes destacou que sua história é apenas uma entre muitas. Segundo ela, há mais de cinquenta brasileiros na Argentina vivendo sob ameaça de extradição, acusados de envolvimento em ações políticas e sem condições de voltar ao país com segurança. Entre os refugiados, há mães com filhos pequenos, pessoas idosas, doentes e famílias divididas pela distância, marcadas por traumas profundos e incertezas sobre o futuro.
Ela mencionou casos de crianças que nunca conheceram seus avós, pais que não veem seus filhos há mais de um ano e famílias que partiram sem nenhum preparo, vivendo apenas com o mínimo necessário para sobreviver. Na sua visão, esses brasileiros estão sendo punidos por expressarem posicionamentos políticos e buscarem justiça fora do país.
No encerramento de sua fala, Agnes dirigiu um apelo ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, pedindo que ele leve ao plenário o debate sobre a proposta de anistia para os presos e perseguidos políticos. Para ela, a medida é urgente e essencial para restaurar não apenas os direitos dessas pessoas, mas também sua dignidade. A jovem afirmou que não se trata apenas de política, mas de vidas, histórias e famílias inteiras atingidas por decisões que, segundo ela, ultrapassam os limites da legalidade.
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