VÍDEO: LULA CRITICA “AFÔ DE HADDAD EM PÚBLICO


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconheceu nesta terça-feira (3) que houve um erro de condução política na forma como foi anunciada a elevação do IOF sobre operações cambiais, decretada em 22 de maio. A medida, elaborada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, teve como objetivo gerar receita para compensar as desonerações mantidas pelo Congresso, mas acabou provocando um desgaste entre o Executivo e o Legislativo.

De acordo com Lula, Haddad tomou a iniciativa no esforço de apresentar uma resposta imediata à exigência do Supremo Tribunal Federal, que determinou a necessidade de compensação fiscal para a prorrogação dos benefícios concedidos a setores econômicos. No entanto, o presidente afirmou que a proposta foi apresentada sem o devido diálogo político, o que agravou a reação negativa dos parlamentares.

O aumento do imposto gerou críticas entre os congressistas, especialmente no Senado, que já havia demonstrado insatisfação com a condução econômica do governo. Muitos viram no decreto uma tentativa de transferir responsabilidades ao Legislativo, por ter mantido a desoneração mesmo diante da decisão da Suprema Corte. A falta de articulação prévia foi vista como um erro estratégico do governo.

Diante da repercussão negativa, Lula tenta agora conter os efeitos da crise e restabelecer os canais de negociação com sua base aliada. A ausência de consulta aos líderes partidários antes da publicação do decreto foi interpretada como sinal de isolamento entre o Ministério da Fazenda e o núcleo político do Planalto, alimentando críticas sobre a forma como decisões econômicas de impacto vêm sendo conduzidas.

Apesar da turbulência, o presidente sinalizou apoio à permanência de Haddad no comando da Fazenda e busca reforçar o entendimento com o Congresso para garantir a continuidade da agenda econômica sem novos atritos. Nos bastidores, há uma tentativa de reavaliar o caminho escolhido para atender à exigência de compensação fiscal, buscando soluções que não envolvam aumento de impostos ou decisões unilaterais.

O caso também destaca as dificuldades enfrentadas pelo governo para conciliar os compromissos com o equilíbrio fiscal, as demandas do Judiciário e o funcionamento harmônico entre os Poderes. A decisão de elevar o IOF sem articulação prévia evidencia a necessidade de maior sintonia entre as áreas econômica e política da administração federal.

Com o objetivo de evitar novos desgastes, Lula deve intensificar a interlocução com líderes partidários e fortalecer a presença do Executivo nas discussões legislativas. O governo busca agora alternativas para garantir o cumprimento da decisão do STF sem comprometer o apoio parlamentar ou provocar insegurança no mercado.

O episódio serve como alerta para a importância da coordenação política em decisões que afetam diretamente o equilíbrio entre os Poderes e o cenário econômico. Lula tenta agora virar a página e reorganizar sua base para avançar em pautas prioritárias.


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