No último domingo, 29 de junho de 2025, o pastor Silas Malafaia fez duras declarações contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), durante um evento na avenida Paulista, em São Paulo. O ato foi convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e reuniu apoiadores, incluindo lideranças religiosas e políticas ligadas ao campo conservador.
Em sua fala, Malafaia acusou o ministro de agir de maneira autoritária, chamando-o de “ditador de toga”. A principal crítica foi voltada à decisão recente do STF que amplia a responsabilidade das plataformas digitais sobre o conteúdo postado por seus usuários. Para o pastor, a medida representa um avanço do que ele considera ser um sistema de censura nas redes sociais.
A manifestação teve como pano de fundo a insatisfação crescente de grupos conservadores com o que enxergam como interferência do Judiciário na liberdade de expressão online. Na visão desses setores, o Supremo estaria ultrapassando seus limites ao impor regras mais rígidas sobre o funcionamento das redes sociais, restringindo o direito dos cidadãos de expressar suas opiniões livremente.
O evento na Paulista serviu como vitrine para a mobilização da base bolsonarista, que mantém discursos firmes contra decisões judiciais e defende maior liberdade nas plataformas digitais. Além de Malafaia, diversas figuras conhecidas da política e do meio evangélico estiveram presentes, reforçando o tom de enfrentamento com o Supremo e a tentativa de manter Bolsonaro em destaque no cenário político, mesmo fora do governo.
O embate entre o Judiciário e setores da direita ganhou força nas últimas semanas, com o avanço de medidas judiciais que impõem obrigações mais severas às empresas de tecnologia. O STF vem entendendo que, ao permitir a propagação de conteúdos considerados ilegais — como notícias falsas, discursos antidemocráticos e incitação ao ódio — sem agir rapidamente, as plataformas passam a ter responsabilidade direta sobre os danos causados.
Do lado dos apoiadores de Bolsonaro, porém, essas ações são vistas como tentativas de silenciar vozes dissidentes. A crítica é que o Judiciário estaria usando o combate à desinformação como pretexto para controlar o debate público e punir adversários políticos. Nesse contexto, a fala de Malafaia ecoa entre os presentes, que veem o pastor como uma das principais lideranças da defesa da liberdade religiosa e de expressão.
Embora manifestações como essa tenham pouco impacto prático sobre decisões jurídicas, elas cumprem um papel importante de mobilização política. Servem para manter a militância ativa, fortalecer alianças entre políticos e líderes religiosos e pressionar as instituições. Com as eleições se aproximando, esse tipo de ato deve se intensificar, especialmente com a tentativa da direita de retomar protagonismo e ampliar seu espaço no debate nacional.
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