VÍDEO: MORAES SURPREENDE E MANDA SOLTAR EX-MINISTRO DE BOLSONARO


Gilson Machado, que foi ministro do Turismo durante o governo Jair Bolsonaro, foi solto após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele estava preso preventivamente sob suspeita de tentar atrapalhar as investigações sobre um suposto esquema golpista envolvendo Bolsonaro. A prisão ocorreu na manhã do dia anterior, mas logo foi revogada pelo mesmo ministro que havia autorizado a detenção.

A suspeita contra Gilson Machado está relacionada a uma tentativa de obter um passaporte português para Mauro Cid, uma figura central nas investigações. Segundo a Procuradoria Geral da República, o pedido teria sido feito no consulado português em Recife, em 17 de maio. Isso chamou atenção porque Mauro Cid teria recebido a cidadania portuguesa recentemente, fato amplamente divulgado na imprensa.

Além disso, familiares próximos a Mauro Cid teriam viajado para os Estados Unidos no mês anterior, o que levantou a suspeita de possível tentativa de fuga do país. Enquanto Gilson Machado era preso em Recife, Mauro Cid foi abordado pela Polícia Federal durante uma corrida em Brasília e chegou a ser detido, mas o mandado de prisão também foi cancelado pelo ministro Alexandre de Moraes.

Ao passar pelo exame de corpo de delito, Gilson Machado afirmou que a única motivação para contatar o consulado português foi solicitar um passaporte para seu pai, que tem 85 anos. Ele negou envolvimento com crimes e disse que não esteve pessoalmente no consulado. A defesa de Mauro Cid declarou que o pedido da cidadania foi feito no ano anterior e aprovado este ano, justificando que a esposa e filhas também possuem cidadania portuguesa.

Mauro Cid prestou depoimento na Polícia Federal e negou ter intenção de fugir do Brasil. Também afirmou não ter usado redes sociais para tratar de sua delação premiada. No entanto, as investigações indicam que ele teria utilizado perfis no Instagram, vinculados ao nome da esposa, para criticar o ministro Alexandre de Moraes e agentes da Polícia Federal.

Atendendo a um pedido, o ministro Alexandre de Moraes determinou que a empresa responsável pelo Instagram entregue informações detalhadas sobre os perfis ligados a Mauro Cid, incluindo dados cadastrais, conexões com outras contas e o conteúdo das mensagens trocadas entre maio de 2023 e junho de 2025. O prazo para envio das informações é de 24 horas.

Especialistas analisam que, embora a prisão preventiva tenha sido revogada, a rapidez com que as prisões ocorreram indica uma certa pressa na condução dos processos. A comentarista Mônica destacou a importância de investigações completas antes de prender qualquer pessoa, para garantir que apenas os verdadeiros responsáveis sejam punidos.

O comentarista Krigner apontou que o sistema judiciário brasileiro muitas vezes demora a agir contra crimes graves, mas age de forma rápida em casos que geram grande repercussão midiática. Ele defende que a justiça precisa ser séria, equilibrada e atuar com imparcialidade, assegurando uma apuração correta dos fatos.

O caso volta a colocar em pauta a atuação da Justiça em investigações envolvendo figuras políticas importantes, levantando questionamentos sobre transparência, rigor e eficiência no processo. Com a liberdade concedida a Gilson Machado e a continuidade das investigações, o episódio segue sendo monitorado de perto, com possíveis impactos no cenário político e judicial do país.


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