Em pronunciamento no plenário da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (2), o líder do Partido Liberal (PL), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), fez duras ironias a Rui Falcão (PT), único parlamentar petista que votou a favor da derrubada do decreto que elevava as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O deputado Rui Falcão posteriormente afirmou que seu voto havia sido um equívoco.
Confira detalhes no vídeo:
O decreto do governo federal, que visava aumentar a cobrança do IOF em operações de crédito, foi barrado pelo plenário da Câmara no último dia 25 de junho, com uma ampla maioria de 383 votos contra 98. A medida era parte da estratégia do Executivo para elevar a arrecadação, mas enfrentou forte resistência dos parlamentares.
Sóstenes Cavalcante ressaltou na tribuna que, apesar da declaração de erro feita por Rui Falcão, ele teria tomado a decisão correta ao apoiar a derrubada do decreto, que segundo o líder do PL, beneficiaria os mais pobres. O tom do discurso revelou a tensão política em torno da pauta tributária, que vem polarizando a base governista e a oposição.
Além do voto isolado de Rui Falcão no PT, outros nomes importantes que integraram a base do governo no Congresso também apoiaram a suspensão do aumento do IOF. Entre eles estão os ex-ministros Juscelino Filho (União Brasil-MA) e Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ), que se posicionaram contra a medida, alinhando-se ao coro contrário à elevação do imposto.
O apoio para derrubar o decreto veio de uma ampla gama de partidos da base aliada ao governo, incluindo União Brasil, Progressistas (PP), Republicanos, MDB, Partido Social Democrático (PSD), Partido Socialista Brasileiro (PSB), Partido Verde (PV) e, surpreendentemente, o próprio PT, embora com voto único.
Essa dispersão entre os partidos do campo governista revela as divergências internas e as dificuldades do governo em manter a coesão em temas sensíveis que impactam a economia e o bolso dos cidadãos. A questão tributária tem sido um dos principais pontos de desgaste, com pressão de setores produtivos e da opinião pública contra aumentos de impostos.
A derrubada do decreto do IOF sinaliza um recado do Congresso ao Executivo sobre a necessidade de negociar mais amplamente medidas fiscais e buscar consensos para evitar confrontos institucionais. A aprovação da medida contrária ao aumento do IOF pode ter impacto direto na arrecadação federal, o que pode gerar desafios para a gestão econômica do país.
O episódio também demonstra que a estratégia do governo de ampliar a tributação sobre operações financeiras, considerada por especialistas como uma forma de aumentar a receita sem onerar diretamente a população de baixa renda, enfrenta resistências não só da oposição, mas também de aliados que temem efeitos negativos para o mercado e para o eleitorado.
Com a decisão do plenário da Câmara, o Executivo terá que repensar sua abordagem para a política fiscal, buscando alternativas para garantir o equilíbrio das contas públicas sem gerar rejeição política e social. A movimentação dos parlamentares indica que o Congresso quer exercer papel ativo na definição dessas políticas.
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