BRASIL: NIKOLAS FERREIRA EXPÕE ASSESSOR PARLAMENTAR DE DEPUTADA DE ESQUERDA ENTRE INVASORES DO ITAÚ


O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) solicitou o afastamento imediato de Felipe Vono, assessor parlamentar da deputada estadual Ediane Maria (PSOL-SP), após a confirmação de que ele participou da recente invasão ao prédio do banco Itaú, na região da Avenida Faria Lima, em São Paulo. Vono, que também é integrante do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), faz parte do gabinete da deputada na Assembleia Legislativa de São Paulo e recebe salário mensal superior a R$ 10 mil.

Confira detalhes no vídeo:

A presença do assessor no protesto reacendeu o debate sobre os limites da atuação política de servidores públicos e o uso do cargo para atividades que extrapolam as funções institucionais. Nikolas Ferreira, além de pedir seu desligamento, encaminhou uma representação ao Ministério Público solicitando a abertura de investigação sobre possível desvio de função ou prática de improbidade administrativa. A acusação central é que Felipe Vono teria participado da manifestação durante o horário de expediente, o que poderia configurar infração funcional.

A deputada Ediane Maria, por sua vez, defendeu seu assessor, afirmando que sua atuação política está diretamente ligada às pautas sociais que ele representa. Para ela, participar de protestos por justiça social está alinhado com a missão do gabinete e com o programa político defendido por seu mandato. A manifestação que ocupou temporariamente a sede do banco foi organizada por movimentos de esquerda com críticas ao sistema financeiro e com pautas como a taxação de grandes fortunas.

A ação, no entanto, gerou polêmica e reações negativas entre parlamentares conservadores e parte da opinião pública. O episódio alimentou críticas ao governo Lula e aos partidos aliados, que, segundo opositores, estariam incentivando uma divisão cada vez mais acirrada entre os setores da sociedade. A imagem do assessor do PSOL participando de uma invasão a um banco em horário de expediente reforçou a narrativa usada por grupos de direita de que há um esforço para promover o confronto entre classes, em vez de buscar soluções práticas para os problemas do país.

Além disso, o caso ocorre num momento em que o governo federal tem intensificado o discurso contra os chamados “super-ricos” e prometido reformas para cobrar mais impostos das grandes fortunas. Para os críticos, trata-se de uma retórica populista que ignora a realidade do sistema tributário nacional, no qual empresários, profissionais liberais e empreendedores já enfrentam uma das maiores cargas tributárias do mundo.

A participação de servidores públicos em atos políticos de confronto, especialmente durante o horário de trabalho, reacende discussões sobre a responsabilidade no uso do cargo e a separação entre militância e função pública. Para a oposição, casos como o de Felipe Vono expõem uma estratégia do campo progressista de utilizar a máquina pública para promover agendas ideológicas. A situação ainda será analisada pelo Ministério Público, que deve decidir se há elementos suficientes para abrir investigação formal.

Enquanto isso, a direita ganha novo combustível para mobilizar sua base e reforçar o discurso de que o atual governo age em desacordo com os interesses da população produtiva. O episódio pode se somar a outros na construção do cenário político para as eleições de 2026.

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