O advogado americano Jason De Luca, que atua na defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), voltou a criticar duramente a atuação da Polícia Federal (PF) e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em nota, ele afirmou que medidas comuns de rotina, como a divulgação de comunicados públicos ou o envio de documentos jurídicos, têm sido deturpadas e apresentadas como parte de supostas conspirações.
“Uma nota pública curta ou transmitir um documento judicial é algo totalmente comum. No entanto, essas ações rotineiras agora são distorcidas em teorias da conspiração”, declarou o advogado.
De Luca ironizou a interpretação adotada pela PF em um de seus relatórios recentes. Para ele, a lógica usada no documento leva a conclusões absurdas. “Por essa lógica, qualquer líder político que consulte um advogado, redator de discursos ou estrategista deve estar planejando derrubar a democracia”, criticou.
A fala do advogado reforça a visão de que a investigação contra Bolsonaro e pessoas próximas estaria, segundo ele, sendo usada como instrumento para cercear a liberdade de expressão e perseguir adversários políticos. Ele destacou que o relatório da PF serve como exemplo de uma prática de intimidação que não se restringe ao Brasil.
Segundo De Luca, qualquer pessoa que se posicione contra Moraes ou questione suas decisões pode se tornar alvo de medidas judiciais, independentemente de sua nacionalidade. “O ato da PF mostra que qualquer um que ouse criticar ou expor a campanha implacável de censura de Moraes será alvo – seja você advogado, cidadão americano ou alguém falando livremente em solo dos Estados Unidos. Ou os três ao mesmo tempo”, disse.
O advogado aproveitou para defender o direito fundamental à liberdade de expressão. Para ele, esse direito não é uma concessão estatal, mas algo inerente ao ser humano. “A liberdade de expressão não é concedida por governos; é inerente a cada pessoa. Como alertou Benjamin Franklin: ‘Quem quer que pretenda derrubar a liberdade de uma nação deve começar por subjugar a liberdade de expressão’”, afirmou.
Em tom firme, De Luca ressaltou que seguirá atuando de forma transparente e sem receios, mesmo diante do que classificou como tentativas de intimidação. “Continuarei meu trabalho de forma transparente e profissional, sem medo”, disse.
O advogado também declarou que a responsabilização de Alexandre de Moraes não virá por meio de relatórios policiais, mas sim no sistema de justiça norte-americano. “A verdadeira responsabilização de Moraes não virá por meio de relatórios policiais, mas nos tribunais dos EUA, onde ainda o aguardamos”, concluiu.
As declarações de Jason De Luca ampliam a tensão no cenário político e jurídico entre Brasil e Estados Unidos. Para apoiadores de Bolsonaro, o posicionamento do advogado norte-americano representa uma forma de proteção internacional diante do que consideram perseguição política. Já críticos apontam que o discurso serve para inflamar a narrativa de vitimização e confrontar instituições brasileiras, especialmente o STF.
O caso se soma à série de embates envolvendo o ex-presidente, seus aliados e a cúpula do Judiciário. A expectativa é de que novas manifestações sobre o assunto ocorram tanto no Brasil quanto nos EUA, já que o tema envolve acusações de censura, liberdade de expressão e soberania das instituições judiciais.
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